Não costumo andar na linha verde e às vezes desoriento-me um bocado. Não percebo muito bem porquê, mas meti os pés pelas mãos e decidi sair numa estação que não tinha calculado e dar outra volta para chegar ao meu destino.
Enquanto espero, olho para o fundo do cais. Estás lá tu.
Reconheço-te o andar. A forma como te levantas.
Como poderia não dar por ti?
Podia ter ficado no meu canto.
Fingir que não te via.
Não fui capaz. Fui ter contigo.
Olhaste-me. Olhaste-me. Olhaste-me. (Lisboa é tão pequena...)
"O que fazes aqui?"
"Eu ia mandar-te mensagem..."
O que interessa isso tudo? Já não estamos juntos.
Não devemos explicações. Só queria mesmo dizer Olá. Perguntar como estavas.
Senti-me a fraquejar a pouco e pouco. O teu cheiro...
Os teus olhos...
Até chegar a ti Sérgio Godinho cantava-me isto ao ouvido
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "Então porque não voas?"
e então tu olhaste, depois sorriste
abriste a janela e voaste
Ironia do destino? É ele que nos teima em cruzar?
3 comentários:
se destina não sei, mas sei que teima :)**
Não sei se é o destino que nos destina, a nossa vida. Talvez sim, talvez não.
Mas que há coisas muito estranhas há. Quem sabe se não estarão destinados? E Claudia, não valerá a pena, nesse caso, tu e ele, darem uma ajudinha ao destino? É que o destino tem muito que fazer.
Beijokas
Fosga-se.....
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