sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Agosto

Lembro me de quando os verões eram alegres. Noites quentes e longas, a certeza de dias e dias na praia, a companhia dos amigos, a vinda da família que estava longe, os pássaros que iam e vinham, os grilos que cantavam, a casa cheia, as manhãs que começavam ao meio dia, ir a Lisboa, ir a Itália, as festas de aniversário, ver estrelas cadentes no terraço, dançar na chuva quente, mergulhar durante a noite.

Os anos passaram e a certeza que a felicidade estampada na cara dos outros durante o pico do mês nada me faz mudar. Agosto já foi o meu mês. Já foi. Agora é uma réstia de esperança para que cá fiquemos, ou para que possamos partir sem dor.

Partiste em Agosto e o meu mundo mudou. Mudou desde aquele mês de Junho mas Agosto... Em agosto partiste. Partiste no  mês de aniversário do teu último amor. E o meu coração partiu desde aí. Demorei tempos e tempos para me recuperar e levantar mas nunca mais fui a mesma.

As memórias de infância guardo-as a sete chaves. Todos os que nela habitam estão a partir.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

terça-feira, 26 de abril de 2016

Quase um ano

Quase um ano sem escrever neste blog e tantas, tantas coisas para contar. Tantas páginas que não foram deixadas em branco.
Tantos dias cheios e batalhas ganhas.

Mudei, mudei tanto.

Este espaço existe há 8 anos. Oito anos em que a minha vida deu voltas e voltas, mas que quando volto a sentir que há qualquer coisa a mais para escrever por cá me reeencontro.

O tempo não volta atrás e eu morro de saudades de ti. Sim, morro. Morro porque todos os dias sem ti são sempre mais penosos. Os dias sem ti são vazios. Tenho saudades das tuas gargalhadas, dos teus conselhos, faz-me falta ouvir a tua voz. Faz-me falta apanhar o comboio e encontrar-me contigo naquela luz maravilhosa que só nós dois conheciamos.

Os dias passam com saudade e com a certeza que não voltarás.

Do nosso quintal, guardo as flores que plantaste para mim.


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Do tempo que não volta

Espaço vazio.
Espaço sem ti.
Este não é o meu sítio.

A noite é longa e as saudades apertam. A noite faz com que todos os quilometros deste mundo pareçam infinitos. Nem as estrelas cadentes chegam para os minimizar.

Escrevo palavras sem nexo, palavras sem fim. Escrevo um grito de ipiranga. Escrevo o gélido da noite. Escrevo a lança que me trespassa o coração. Grito por ti. 
Onde estás agora?
 Preciso do teu abraço.

Noite fria. Noite gélida.

Que importam as noites mais belas do mundo se não estás cá para me abraçar?

Fazes-me falta. Fazes-me falta. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Noite de insónia

E de relembrar o passado carimbado por estas linhas virtuais.

Desde 2008 a desabafar estórias dos meus dias pela blogosfera. Saudades.