quarta-feira, 18 de setembro de 2013

90 dias

Hoje sinto me vitima do sistema. Espero no ACT e não posso deixar de pensar no que tem sido a minha vida desde que comecei a trabalhar. Já se passaram 11 anos desde o primeiro salário, do primeiro trabalho. Trabalho desde cedo, estudava e trabalhava, matava neurónios durante a semana, ensaiva á noite peças de teatro, passava compras num hipermercado.
Foi assim durante anos. Trabalhar-estudar-estudar-trabalhar-dormir mal.
O cansaço pressegue ne. Presumo que já seja crónico.
Não, não sinto qualquer tipo de rancor pela vida que tenho. Não sinto que tenha tido azar, ou que ha quem tenha infinitamente mais sorte que eu. Sinto me só injustiçada. Nunca pensei que não merecia isto ou aquilo. Apenas queria estar em paz. Comigo. E que essa paz se reflectisse nos outros. Naqueles que amo. 
Espero entre aqueles que devem sofrer o mesmo ou mais que eu. E doi. Dói me um monte. Sinto me ultrajada, magoada, esfaqueada. Sinto falta de reconhecimento, de novas oportunidades.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

MEC

Depois de épocas negras, com amores que doem demasiado e que apenas subsistem pela dor de nos fazerem sentir menos mortos, o amor pela MJ é inspirador. Que fossem todos assim.

Eu sei, porque também já lá estive. Já vivi em dias demasiados cinzentos onde não acreditava que pudesse haver algum forma de estar que me desse mais felicidade e mais vida. Que não me fizesse viver no limbo dos dias.

E MEC É um senhor, escreve bem que se farta e conhece as coisas boas desta vida. Por isso é que é tão prazeroso lê-lo. Porque com ele sabemos que nem sempre a vida é cor-de-rosa. Mas que há uma altura em que podemos dar-lhe uma volta. Renascermos. Re-aprendemos a amar, a estar, a sentir. Conhecemos pessoas que valem a pena e que valem a pena serem conquistadas. E que valem o amor incondicional, a dedicação, sem qualquer tipo de limite.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

That awkward moment

Quando um amigo do teu namorido confunde a tua formação base com a formação da ex-mulher do teu amor



sexta-feira, 28 de junho de 2013

Tenho saudades de trabalhar. Não o posso negar. Tenho saudades de trabalhar a sério. De estar envolvida em projectos. De fazer coisas novas. De poder estabelecer novas estratégias para a aprendizagem rápida de  diferentes tipos de conhecimento, de novos métodos, de diferentes rotinas.

O fazer coisas novas, o trabalhar a sério, com objectivos reais, já não sei o que é há algum tempo.

Agora sinto-me perdida.

Estou vazia de mim, estou vazia de vida. Sinto que o tempo passa e não tenho muito para fazer com ele.

Sinto que me apaguei, que me deixei vencer pelo cansaço, que me sinto a desfalecer, a morrer aos bocadinhos. Se isto devia ter o impacto que está a ter? Não, não devia. Mas está a ter. Está a ser penoso, doloroso.
Tento limpar as lágrimas para que não se apercebam do que me vai cá dentro, porque julgo que tudo isto é uma fraqueza, é um mal interior com o qual não consigo, nem quero lidar.

Quase todos os dias há alguém a fazer-me uma das perguntas fatídicas: então e a tese? Não, a tese não está escrita. Não tenho vontade. Não tenho predisposição. Não consigo. Se me estou a apagar como posso começar a escrever o que não consigo sequer estruturar num pensamento lógico?

Abandono-mo, a ansiedade toma conta de mim, e volto a viver no medo.
Sometimes I have that awkward feeling... that I don't want to be here anymore

sexta-feira, 7 de junho de 2013

9

Nove meses. Nove meses de (oficialmente) Nós. Nove meses de ti.

Agora numa vida a quatro, a descobrirmos novas formas de estar, de educar, de ceder um bocadinho, de conversar, de encontrar (em conjunto) a melhor hipótese, de abrir o coração, de dar, de aprender.

Nove meses - e a sensação de te conhecer há tanto tempo, mas de querer continuar a redescobrir-te todos os dias. A poder chegar-te cada vez mais ao coração. E à alma.

Nove meses da construção de uma família. De uma relação. De nós os dois. Da Zu. Da Miss Ofélia. Da descoberta das noites aconchegada a ti. De um cantinho nosso. De abracinhos bons.

Nove meses de angústia das noites em que não dormimos juntos. Nove meses de querer(-te) sempre mais.


Nove meses contigo meu amor. A acreditar no amor. A acreditar em nós. A acreditar em ti.





sexta-feira, 24 de maio de 2013

Library stuff

Numa biblioteca universitária, uma utilizadora que está a fazer a tese de mestrado pergunta como se faz para chegar até ao google.

Really?


quinta-feira, 16 de maio de 2013

When I get to heaven please let me bring my men

I've seen the world 
Done it all, had my cake now 
Diamonds, brilliant, and Bel-Air now 
Hot summer nights mid July 
When you and I were forever wild 
The crazy days, the city lights 
The way you'd play with me like a child 

Will you still love me when I'm no longer young and beautiful 
Will you still love me when I got nothing but my aching soul 
I know you will, I know you will 
I know that you will 
Will you still love me when I'm no longer beautiful 


I've seen the world, lit it up as my stage now 
Channeling angels in, the new age now 
Hot summer days, rock and roll 
The way you'd play for me at your show 
And all the ways I got to know 
Your pretty face and electric soul 

Dear lord when I get to heaven 
Please let me bring my man

When he comes tell me that you'll let him 
Father tell me if you can 

Oh that grace, oh that body 
Oh that face makes me wanna party 
He's my sun, he makes me shine like diamonds 


Sexto Sentido

Eu não gostava de acreditar no sexto sentido. Na intuição. Na percepção antecipada ou na capacidade de sentir o que se passa a quem está longe de mim.

Ontem, dia 15 de Maio. Ontem, um ano da morte de uma colega. Da noite de 14 para 15 de Maio de há um ano atrás não preguei olho. Passei a noite às voltas, doía me o estômago  tinha suores frios e uma ansiedade que não conseguia explicar.
De manhã escolhi um vestido de leopardo e achei que não era o mais correcto para vestir naquele dia. Mas ainda nada me tinha confirmado o que tinha acontecido. Poucas horas depois, a confirmação.


Em 2010, depois de uma tarde muito bem passada no CCB, dia de calor e gelados e de fotografias felizes, digo à minha mãe que sinto que vou ser despedida. Dois dias depois recebo a notícia.

Nesse ano, sonho com a morte de alguém muito próximo. No dia seguinte acontece.

Sinto um certo medo daquilo que sinto.



100 coisas para fazer #4

19 - Comprar um Mini Cooper
20 - Comprar uma Piaggio
21 - Percorrer Itália de Norte a Sul
22 - Voltar ao Kundalini Yoga
23 - Ser fluente (a sério, mas mesmo mesmo a sério) em inglês
24 - Andar de balão (e que desta vez seja sem cordas)
25 - Ter uns Louboutin
26 - Dar sangue
27 - Aprender a receita de filhoses da minha avó




quarta-feira, 15 de maio de 2013

All good things

Acredito que as coisas boas atraem coisas boas. E que as boas energias são eternas receptoras da bondade humana (daquela que ainda existe...) e restabelecem conexões com as energias positivas.
Provavelmente é uma forma demasiado positivista daquilo que o mundo nos pode dar. Mas enquanto acreditar neste meu (quase) mantra, pressuponho que me sentirei mais feliz, mais segura.

Há um ano atrás jamais poderia acreditar em como estaria hoje. A minha vida pessoal deu uma volta de 360º.

E isto porque decidi que podia ser mais feliz. Que havia coisas que me faziam feliz e que as tinha deixado para trás. E de outra forma, porque deixei que muita coisa acontecesse naturalmente.

Ontem, enquanto ouvia o último cd de Cat Power lembrei-me de uma entrevista que li em tempos sobre a sua separação amorosa. Ela corta o próprio cabelo depois da sua relação terminar. E escreve um dos álbuns mais sentidos.
Sei hoje, que depois de um fim, mesmo quando é anunciado, precisamos de um start over. Precisamos de actos de coragem. Há quem se feche e jure que nunca mais há-de ter um relacionamento na vida. Há quem jure que se há-de vingar de todos os homens deste mundo. Que vai viver wild&free. Que corte o cabelo. Que não se consegue levantar da cama. Há quem imponha à própria vida o que o destino se encarrega de demonstrar que é errado. E mais errado é traçarmos grandes planos em percursos cinzentos da nossa vida.

Quando soube que aquela seria a vez, a última vez, que já não havia mais espaço para recomeçar com a mesma pessoa (que todas as promessas de mudança não faziam já sentido - e na verdade nunca tinham feito ), fiz o luto, escrevi como já há muito tempo não escrevia. Estava desesperada. Sentia que tinha desperdiçado seis anos da minha vida e nem sabia porquê. Às vezes a saudade ainda batia, porque há coisas que o tempo demora a apagar. Senti-me das pessoas mais burras à face da terra. Não consegui perceber o que me tinha agarrado durante tanto tempo.
Com o passado cada vez mais longe, apareceu a altura de voltar a viver (sim, eu estava bastante morta). E vivi. E não procurei muito. Só decidi dar-me um novo folgo. E fazer o que me fazia sentir feliz.

E apareceste tu. Sem te procurar. E hoje... jamais imaginaria que há um ano fosse assim. És a minha família, meu amigo, meu porto de abrigo.

E hoje... acredito que apareceste e que foi possível porque não andei à procura de nada. Mas também não bloqueei sentimentos. Não vivi desesperada em busca do amor, mas também não bloqueei a porta ao que pudesse vir.

Meet Miss Z.

A prova que o amor supera muita, muita coisa.



segunda-feira, 29 de abril de 2013

Random Thoughts

É que já não tenho força, nem vontade, nem qualquer tipo de alento em continuar a trabalhar em modo encher chouriços.



(Um dia... Um dia vai ser diferente)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Eu sou

Eu sou a que no mundo anda perdida, 
Eu sou a que na vida não tem norte, 
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte 
Sou a crucificada ... a dolorida ... 
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...

Sou aquela que passa e ninguém vê ...
Sou a que chamam triste sem o ser ...
Sou a que chora sem saber porquê ...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou! 


Florbela Espanca
in "Livro de Mágoas"

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Mandamentos

Não comerás uma tablete de chocolate inteira antes de te deitares (especialmente em duas noites seguidas)



terça-feira, 9 de abril de 2013

100 coisas para fazer #2

9 - Dançar Tango
10 - Velejar
11 - Viver em Londres
12 - Viver em Barcelona
13 - Participar num Harlem Shake
14 - Provar olhos de peixe



segunda-feira, 8 de abril de 2013

Como acabar com sonhos em menos de um minuto

Eu - Estou? Bom dia. Queria saber o preço de um quarto para o dia X de Abril.

Hospedaria - Vem para um concurso, não é?

Eu - Sim...

Hospedaria - Olhe, eu agradeço-lhe que venha, mas esses concursos são sempre para quem já cá está.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

100 coisas para fazer #1

1 - Tese de mestrado
2 - PG em consultoria de imagem
3 - Reconstruir a casa da minha avó
4 - Adoptar uma criança
5 - Nadar nua na praia, durante a noite (com o meu homem)
6 - Aprender a ciência da enologia
7 - Fazer uma tatuagem com a caligrafia da minha mãe, frase de Pessoa
8 - Fazer um cruzeiro em qualquer dos navios da Fred Olsen's Lines (já que já não há Black Prince :( )

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dia Mundial do Teatro



Dia Mundial do Teatro
Mensagem 2013
Autor: Dario Fo



Há uns anos atrás, o PODER, no máximo da sua intolerância, escorraçou os 
artistas dos seus países. Hoje em dia, os atores e as companhias sofrem com a 
dificuldade de encontrar espaços, teatros e público; tudo por conta da crise.
Os governantes já não se preocupam em controlar quem os cita com ironia e 
sarcasmo, uma vez que os atores não têm espaços nem publico que os veja.
Contrariamente ao que acontece hoje, no período da Renascença em Itália, os 
governantes tiveram enormes dificuldades em controlar os atores e comediantes que 
conseguiam mobilizar a sociedade para assistirem aos seus espetáculos.
É sabido que o grande êxodo dos comediantes aconteceu no século da ContraReforma, quando foi decretado o desmantelamento de todos os espaços teatrais, 
especialmente em Roma, por serem acusados de desrespeito à cidade santa. O Papa 
Inocêncio XII, pressionado pela ala mais conservadora da burguesia e dos altos 
representantes do clero, ordenou em 1697 o encerramento do Teatro de Tordinona por 
se considerar que, neste local, diziam os mais moralistas, se faziam espetáculos 
considerados obscenos. Na época da Contra-Reforma, o Cardeal Charles Borromée, no 
norte de Itália, divulgou a consagração da redenção das “crianças milanesas” 
estabelecendo uma clara distinção dos nascidos na arte, como expressão máxima de 
educação espiritual, e o teatro, manifestação de profanação e leviandade. Numa carta 
endereçada aos seus colaboradores, que cito de memória, o Cardeal Charles Borromée 
exprime-se mais ou menos nos seguintes termos: “Nós que estamos empenhados em 
exterminar a planta maligna, tentaremos, lançando fogo aos textos e discursos infames, 
fazer com que estes se apaguem da memória dos homens, do mesmo modo que 
perseguiremos todos aqueles que teimem em divulgar os textos impressos. Sabemos 
que, enquanto nós dormirmos, o diabo estará atento, com atenção redobrada. Então, o 
que será mais premente, o que os olhos vêem ou o que se pode ler nos livros? O que 
será mais devastador para as mentes dos adolescentes e crianças, a palavra proferida 
com gestos apropriados, ou a palavra morta, impressa nos livros? É urgente expulsar das 
nossas cidades as gentes do teatro, tal como já fizemos com os espíritos indesejáveis”.
Logo, a única solução para a crise reside na esperança de uma grande caça às 
bruxas que estão contra nós, e sobretudo contra os jovens que querem aprender a arte do 
Teatro: só assim nascerá uma nova geração de comediantes que aproveitará desta nossa 
experiência e dela tirará benefícios inimagináveis na procura de novas formas de 
representação. 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Me. Me. Me

Como ando numa de reformulações no blog, decidi juntar uma descriçãozita sobre mim :)

Nasce em Lisboa. Cresce no Algarve. Foge de lá para presseguir sonhos. É profundamente feliz em Cascais. Estuda Teatro. Re-decide a carreira. Estuda Biblioteca. Estuda Arquivo. Ama muito. Odeia muito. Vive no limite dos sentimentos, das emoções. Orgulhosa, persistente. Insatisfeita crónica. Sonha utopicamente com um mundo melhor. Com amores sem reservas, sem medos, com respeito. Sonha em encher a casa com animais. Sete filhos. E um marido maravilhoso. Em ter um closet. Uns Louboutin. Uma biblioteca recheada de livros. Ir ao Bali. A Tokio. Sonha em ter uma horta, um jardim, uma casa perto do mar. De viver sempre rodeada das pessoas que ama; e de música. Sonha em poder continuar a trabalhar no que a faz feliz - e a fazer sempre mais e melhor. 


É simples - só quero ser feliz.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Curriculum Vitae

Cada vez que tento fazer (e refazer) o meu CV em inglês tenho vontade de mandar tudo às urtigas. Afinal de contas, quem é que se lembra de nomes de cursos tão pomposos? E traduzir isto?



Será que posso fazer um assim?


Keep it simple!

terça-feira, 12 de março de 2013

Livros. Livros. Livros.*

Inspirada por isto http://biblioo.info/livre-se-dos-livros-antes-de-morrer/

Compreendo perfeitamente as ansiedades de qualquer amante dos livros, mas a menos que você já tenha trabalhado em bibliotecas e sido esmagado pela massa absurda do texto em papel, você não sabe nada sobre o gerenciamento de quantidades maciças de livros.

Já ouvi várias vezes a frase que trabalhar em biblioteca é um trabalho fácil, leve, e sem grandes responsabilidades. É. Dizem isso porque não está lá dentro. 
No artigo acima citado, falando da responsabilidade das quantidades maciças não só de livros, mas como de papel em geral, nós, os bibliotecários, acabamos com uma percepção completamente diferente da complicação que todos os documentos podem ser. 

E começamos a ganhar um tipo de aversão no que diz respeito a guardar ou conservar livros que já ninguém lê. Para guardar um exemplar de cada, para ser uma biblioteca de preservação, existem as bibliotecas nacionais, onde cada exemplar de tiragem de depósito legal obrigatoriamente tem de dar entrada e fazer parte desse espólio. Fora isso, não faz sentido encher as bibliotecas (sejam públicas, escolares ou universitárias) de livros e revistas que dificilmente alguém consultará. Para isso existe uma politica de selecção e abate.

Das coisas que mais me lembro, é de sempre ouvir a minha mãe dizer: os livros não se deitam fora! Uhm. Pois. A minha percepção mudou logo a partir do momento em que a casa onde tinha vivido seria vendida. A ideia era levar só o essencial. Então, todos aqueles livros juvenis que eu anteriormente devorava, mas que dificilmente lhes voltaria a tocar, foram dados.

Depois disso, (e já durante o curso técnico de documentação e informação), volto à limpeza das minhas próprias prateleiras. Porque eram livros oferecidos por editoras, deixados por aí, ou coisas que já não faziam sentido para mim. Alguns deram lugar a feiras do livro usados por parte de bibliotecas públicas (de forma a angariarem dinheiro para novas aquisições), outros deixados na reciclagem.

Não, não me custou. Não me doeu deitar livros fora.

Depois disso, numa biblioteca em que trabalhei, e atendo às actualizações dessa área do conhecimento, era prática comum desfazermos-nos de livros 
Entretanto vieram as bibliotecas com colecções completamente obsoletas, o que representou basicamente dois anos de gestão da colecção com muitos caixotes de reciclagem cheios e muitas viagens do Banco Alimentar para a campanha - Papel por alimentos

E ainda, uma casa em obras, com livros e revistas sem fim. Foram processos de selecção em todo o lado. Dias a acarretar com livros, papeis, caixas com pesos infinitos, a comer pó, em prédios e escolas abandonados. Um desbaste sem fim.

Eu sou amante de livros. Sou mesmo. Adoro ler, adoro o livro enquanto objecto em si. Mas não sou miúda de fundamentalismos. E ser bibliotecária levou-me a olhar para livros de forma diferente. Deixei de ser consumidora compulsiva. Adaptei-me (adoptei) (ainda) mais às bibliotecas, ao que elas me podem oferecer. Comecei eu própria a fazer uma avaliação dos livros e revistas que quero mesmo comprar e manter, ou daquelas que posso usar, ler e reler e que existem nas bibliotecas à minha volta.

Não sou apologista de guardarmos todos os objectos físicos que temos na nossa vida ad eternum. Gosto de limpezas. De novos ciclos. E os livros que antes podiam fazer sentido, deixarem de fazer. Porque evoluímos  Porque os nossos gostos não são sempre os mesmos. E é aí, que não só nas bibliotecas, como nas nossas vidas, temos de saber quando é altura de abrirmos os sacos pretos do lixo, por mãos à obra e fazer o tal "trabalho sujo"

Lembro-me muitas vezes de um primo meu. Com carreira na docência universitária, intelectual convicto e viciado em livros. Conta com três casas com livros. Com inúmeras colecções de revistas. Algumas delas, de fazer inveja a muitas bibliotecas.
Penso então o que acontecerá aquele espólio um dia que ele não estiver cá. Afinal, quem tomará conta da colecção? Haverá espaço nas bibliotecas para albergar tamanha colecção? 

Considero, que na situação ideal e um tanto utópica, a solução seria criar uma fundação. Com uma biblioteca imensa. Com apoio à investigação. Mas como sempre, a falta de meios económicos e de recursos humanos, bem como espaços livres e alcançáveis para a dinamização cultural são passos complicados e envoltos em burocracias intermináveis.

Não, não me custa deitar fora livros sem valor. Sem significado. Os que estão velhos e quebrados e completamente desactualizados. Mas isso, quando sabemos que há uma renovação constante. Que existem novos exemplares para ocupar as estantes. 
Mas uma biblioteca pessoal é um espelho de uma vida, de uma vida em evolução, de livros que ficam, de outros que vão. E é por isso que acredito, que os livros importantes, os que mais nos marcaram ficam. 
Mas os espaço físicos são pequenos, as cidades enormes, e cada vez é menos possível guardarmos tudo o que desejamos. 

Livros podem não ser nunca demais. Como tudo na vida, acredito que precisamos de doses de racionalidade.

*Hoje é Dia do Bibliotecário no Brasil. Salvé a todos os profissionais da informação!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Us


Seis meses. Meio ano. 
E porque acredito que o mais importante de tudo numa relação amorosa é a amizade (e tudo o que ela comporta), é tudo o que tenho a dizer:






Forever and Ever 

terça-feira, 5 de março de 2013

Segundas#Terças

Terças são dias nhé. São dias que simbolizam o inicio da semana, mas que já não nos fazem sentir tão perto o fim-de-semana que passou. São o dia em que lá para a noite, depois do jantar, entramos em countdown. No meu caso, em countdown para quinta-feira à noite e para sexta-feira à hora de saída do trabalho.

As segundas são cada vez mais simbolo de monday day blues. São dias de balanço. Daquilo que quero, do que devia fazer, das saudades que sinto, das pessoas que me fazem falta e que não estão tão próximas de mim quanto gostaria.

Segundas são dias em que penso e re-penso. Se vale a pena fazer a tese. Se a tese vale a pena quando se ganha 600€ (noutros meses menos) e não se tem qualquer perspectiva de as coisas mudarem. São dias em que se faz conta à vida, se olha e volta a olhar para o dinheiro que está na conta, que se conta os dias para voltar a receber.
Que se olha à volta e se vê que o mundo laboral está cada vez pior. São dias em que perdemos a esperança de conseguir alcançar aqueles sonhos que para os quais precisariamos de mais dinheiro.

É nestes dias que se tem vontade de partir. De conseguir arranjar melhores perspectivas. É nestes dias que se quer guardar o coração numa cofre de alta segurança. Quer-se ser só racional. Quer-se conseguir deixar em stand-by as coisas e as pessoas que nos fazem falta e ter coragem para encontrar um rumo novo, mesmo que temporariamente, só de forma a conseguir contrabalançar a falta que o dinheiro faz.

É nestas alturas que gostava de controlar o coração, as saudades, e continuar a ter a esperança que pode ser melhor fora daqui, que haverá mais oportunidades, salários mais altos, perspectivas diferentes de futuro, sítios onde nos saibam dar valor.

Março


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

10 razões para ter filhos

 
 
Por João Miguel Tavares.
Tão verdade que ainda não me cansei de ler e reler. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Diz-nos lá, porque é que adoras o fim-de-semana?


(odeias mesmo a segunda-feira?)

Porque o fim-de-semana foi bom para supimpa.
Porque apesar do pouco tempo, durante o fim-de-semana, pude desfrutar de tempo de qualidade com o meu homem.
Porque houve a dinner party da minha D., com as minhas meninas e o meu homem. E foi divertido como tudo.
Porque dei abracinhos à Zuzu.
Porque posso dormir até tarde.
Porque posso deitar-me tarde.
Porque posso dormir abraçadinha ao meu homem.
Porque começo a ter um certo gosto em cozinhar (M-E-D-O)
Porque podemos partilhar uma vida a dois.
Porque a Odalisca me lambeu até às têmporas.
Porque não tive de aturar gente parva, nem mesquinha.
Porque as pizzas do Esperança são deliciosas. E os gelados do Santini também.
Porque posso viver sem grandes horários.
Porque o almoço de Domingo foi sushi.

E vá, porque posso trabalhar em casa ao Domingo, e sempre é melhor do que estar num espaço onde já não estamos confortáveis.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O dia mais bipolar do mês

Receber o salário e ficar mega contente.

Logo a seguir, pegar em todas as contas e ver a conta chegar quase a 0€.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Tempo

O tempo ensina-nos muita coisa. Ensina-nos que os Invernos são difíceis de passar. Que os dias pesam cada vez mais e o cinzento deixa de ser apenas o do céu, mas também o do nosso coração.

O tempo ensinou-me a conhecer-me melhor. A saber o que posso e não posso. Aprendi que não posso comer um chocolate inteiro. Nem enfardar sushi como se não houvesse amanhã.
Ensinou-me que se me enervo tenho uma crise gástrica. Que se não durmo fico nauseada. Que o café tem um efeito limitado.

Que o meu coração parte-se com facilidade. Que sou um tanto ou quanto instável emocionalmente.

Que há tanta coisa que gosto, mas tão pouca que me vejo a fazer profissionalmente.

O tempo ensinou-me que as pessoas são mesquinhas, insensiveis, pouco humildes. O tempo ensinou-me a dar valor a quem está presente. A quem sabe dar a mão.


O tempo demonstrou-me que a minha paixão pelo verão tem razão de ser. Os dias quentes, as tardes para esplanadar, a praia, os piqueniques, os passeios até tarde, as havaianas, os gelados, o conduzir sem destino de janela aberta...

O verão proporciona-me mais facilmente a capacidade de sonhar. De não ter tanto os pés na terra. De fingir que voltei à infância, mas podendo aproveitar a parte boa de ser adulta.

O tempo demonstrou-me que as relações nem sempre são fáceis, mas que sabermos viver, conviver, partilhar e aceitarmos o outro faz parte de crescer interiormente.

O tempo passa tão rápido que quase nem quero acreditar que os 30 estão mais próximos que os 20.
Que não fiz grandes planos, mas que fui tendo projectos e ambições.

Se olhar para trás, não tenho qualquer ideia de pensar o que estaria a fazer aos 28 anos. Sei que pensei que gostaria de ser mãe aos 30. E ter montes de cães e gatos. Ser feliz. Estar rodeada das pessoas que amo. Fazer o que gosto.

Que hoje, continuo com a minha wish list mais terra a terra e com muitos sonhos na gaveta e encerrados a sete chaves no coração. Porque não há tempo, ou dinheiro, ou disponibilidade emocional.

Porque me esqueci de sonhar. Ou de sonhar como sonhava. Porque aprendi a acomodar-me. E isso assusta-me.


And I believe in Love

 



I don't believe in an interventionist God
But I know, darling, that you do
But if I did I would kneel down and ask Him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave you as you are
And if He felt He had to direct you
Then direct you into my arms


And I don't believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms


And I believe in Love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candles burning
And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore

Ora pois então

Esteve-se muito bem pelo Norte!
(O frio dos primeiros dias não ajudou, mas não há nada que o amor não amenize!)


Francesinha do Forever em Braga. Esta é das pequeninas, o meu homem comeu uma gigante que vinha quase num balde
 
 
 
Fonte em São Frutuoso. Vale muito a pena pela Capela.



Em Tibães, a passear pelos jardins. Descobri de repente que toda eu era pendant com a natureza.

Tibães. Para quem andou a estudar os scriptorium medievais é uma benção para as almas mais curiosas.

Bom Jesus. A malta desceu e subiu, que o meu homem não deixa as coisas por menos.

Jantar de Dias dos Namorados em Vila Verde. Sim, passei a ADORAR o Dia dos Namorados :)

Nova arquitectura religiosa? É por aqui. Se quiserem comprar flores para S. Bento o santuário agradece. Ou alugar ex-votos.

Antes de terminar por Aveiro, almoça-se no Porto. Maria Paola Porru tem das melhores pizzas italianas em Portugal. E é por isso que gosto tanto do Casa D'Oro.


Mais fotografias no Instagram (pois claro que a menina anda por lá!)
Procurem por moreschini85 e sigam!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

:)

Último dia de trabalho antes das férias de uma semanita rumo ao norte. Confesso que estou saltitante! Para além de poder passar uma semaninha inteira com o meu amor, vou conhecer locais totalmente novos para mim e a expectativa é bem grande (pronto, não vamos pensar no frio, mas até já me preveni com calçado de caminhada e galochas quentinhas).

Depois desta semana vou entrar em countdown para o veredicto final laboral. Ou pelo menos o veredicto durante mais um ano.
Sinto que começa a ser altura de novos projectos, e estou a precisar de ar novo na minha vida profissional.




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Monday Blues

A tua ausência dói. A semana começa com um aperto no coração.
Sempre a contar os dias para a próxima quinta.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Fevereiro

Este mês

Celebramos cinco meses oficiais
Um ano que nos conhecemos
O dia dos namorados (sim, a menina este ano quer comemorar o dia dos namorados!)