quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Em jeito de balanço

Este ano tive a oportunidade de conhecer dois sítios fantásticos, cada um com uma beleza muito própria: Madeira e Barcelona. Fui igualmente feliz em ambas. Na primeira, pela beleza natural, pelas cascatas de água, pela vegetação, pela fruta, pela comida. A segunda por ter sido palco de "brincadeiras arquitectónicas" por Gaudí e tantos outros que a tornaram única, pelo cosmopolitismo, pelo dinamismo, pela luz que tão parecida é com a de Lisboa.

Contei duas perdas. Uma delas não tão perto, mas que me fez reflectir sobre a durabilidade de um amor. A outra, já por aqui se escreveu e essas palavras reflectem bem o que senti e o que significou.

Não sai tanto como queria, não visitei tantos museus, não viajei tanto, não me perdi tanto por Lisboa como queria.

Mas continuei a minha batalha para atingir o fim. Gastei muitas horas a ler, a escrever, a pensar em frente ao computador. E tantas vezes senti que seria aquela vez que não conseguia preencher a folha em branco que precisava para mais um trabalho para a universidade. Mas fi-lo. Todos feitos até agora.

Fiz coisas contrariada, pus cara feliz quando só quis chorar, arrastei-me para onde não quero, rezei por dias melhores. Não me habituei. Contos os dias para o fim desta passagem.

Fiz uma grande asneira e aprendi com ela, mas não sei ainda se as consequências acabaram. Talvez tivesse de ser assim. Ironicamente acabou por ser um abanão para me recordar o que era o amor. Secalhar estava escrito no destino. Agora, mais do que nunca, admiti-te. Mostrei-te, dei-te a ver. E Algarve e Lisboa nunca estiveram tão perto.

Estou a re-aprender a dar um abraço, um beijo, um aperto de mão às pessoas que realmente amo. Não vou deixar que os sentimentos saiam bloqueados. Amo a minha família e quero que ela saiba disso e palavras muitas vezes não chegam.

Não voltei ao Soito e fez-me falta.

Devia ter subido aos Alpes e ter-te levado comigo.

Deveria ter ido mais vezes ter contigo, passar fins-de-semana à beira mar e apanhar fruta das árvores.

Superei e recai. E ainda me assusta. Mas hoje sou mais forte.

Como sempre, foi um ano de grande aprendizagem, de sentimentos muito fortes, de desespero, de tristeza, de inseguranças. Foi um ano que me fez crescer e dar valor ao que tenho.

Certeza desta semana (ou quem sabe mesmo do ano...)

I don't belong here.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

I'll be waiting. I do.
Nesta altura do ano sou uma espécie de extra-terrestre para muita gente. Não gosto do Natal. Mas se não gosto, não é porque um belo dia acordei e achei que devia ser do contra. Tenho razões para isso, e quem me conhece bem sabe isso. E nesta altura sinto-me sempre super infeliz, um mal estar permanente, uma vontade de fugir. E lá tenho de fingir que tudo está bem. Há marcas que ficam, independentemente do tempo que passa. Sem algumas pessoas não faz sentido. E torna-se apenas uma época igual a tantas as outras, mas com mais luzes nas ruas e menos luz no meu coração.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Alguém explica aos senhores(as) da Fotosport que bluetooth e infra-vermelhos não são a mesma coisa?

Agradecida.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Há uns anos atrás (uns bons anos...) achava que quando fosse mais crescida me ia dedicar quase exclusivamente à carreira. Não dizia que não a namorados, mas pensar que eles ocupassem uma parte substancial da minha vida (aka do meu coração e da minha casa) estava completamente fora de questão.

Belo dia, andava eu numa fase de "reconstrução interna" e feliz pelas mudanças que estavam a acontecer, apareceu o R. Já há uns belos tempos que a nossa amiga em comum, a X., insistia que nos deviamos conhecer, e nós nada. Acho que nenhum de nós queria que outro alguém nos impusse-se um relacionamento. Mas um belo dia quando nada o fazia esperar ele apareceu no meio do meu grupo de amigas e eu... achei que ele tinha ar de deputado do PP. Para ajudar à festa apercebi-me que ele era amigo de um gajo que eu detestava. No, no, no. Altamente rotulado, achei logo que nem queria conhecê-lo melhor. Mas houve de certa forma duas ou três peripécias que fizeram que nos voltássemos a encontrar no dia seguinte... E a partir daí tudo aconteceu. Rapidamente apercebi-me que era com ele que queria ficar. Que o meu coração batia mais depressa quando estávamos juntos. Que ele me fazia feliz.

Apesar de muitos mal entendidos ao longo destes tempos, acho que apenas um grande amor pode resistir a tudo isto e em consequência tornar-se mais forte.

Mudei a minha maneira de pensar e de estar. Apesar de continuar a querer construir uma carreira sólida e fazer o que gosto, também quero (e muito) constituir familia.

Ele é o meu companheiro de amor e desamores. È quem está ao meu lado quando preciso. È com ele que quero partilhar os meus dias. È ele que conhece as minhas fraquezas e as minhas tristezas. È ele que conhece a minha ambição e os meus sonhos utópicos.


Hoje não saberia viver sem ti.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Depois de um dia com várias peripécias, um jantar lá pelo meio que podia de todo ter corrido melhor, junta-se o desfecho em grande: o dono do Pipers (essa instituição em Cascais) não só se esquece de metade do pedido feito como depois de o pedirmos diz-nos: "até amanhã". Oi? Até amanhã? Não seria: "Obrigado"? Que os empregados do jantar de natal da empresa pareçam carroceiros ainda dou um desconto (afinal de contas sei bem o que a casa gasta no mundo hoteleiro), agora o próprio dono de um bar com decádas, onde antes eu era uma cliente assídua, sai-se com esta? Mas o que é isto? Esqueceram-se do respeito pelo cliente?


Pipers, tosta mistas e prendas esquecidas à parte, o dia de Sábado foi até bem agradável. Apesar do frio, o sol estava fantástico e é sempre bom voltar a um local que consideramos nosso. E aí reencontrar pessoas que fazem parte do nosso passado e que desejamos que possam vir a fazer parte do nosso futuro. E então apercebi-me que já conto quase com 10 anos depois de uma grande viragem. E foi a partir daí que o mundo ficou de pernas para o ar. E que cresci. E que tanta coisa aconteceu...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"Ah e tal, o senhor que agrediu o Berlusconi tem problemas mentais". Eu cá digo: qualquer pessoa normal teria vontade de fazer o que Massimo Tartaglia fez. E porque para já não estamos assim tão perto do também conhecido por Caimão, aqui ficaria o jogo, mas infelizmente o link já nos reserva esta mensagem:

Information for players:This game was created in a purely humorous.The political implications of this game in Italy therefore beyond our intentions, and lead us to remove access to the game.We condemn the aggression, and are sorry if we offend the sensibilities of some people. ooooooooooooooooooooooh

http://www.berlusconi-game.com/index.it.html

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Há uns anos atrás foi o martírio do género: "ah e agora o que vai ser de mim? Que licenciatura é que vou fazer? Faço ciência política, ou comunicação social, ou relações internacionais? Será que quero mesmo continuar a estudar?" E depois: "ah e tal, afinal não gosto de nada, só existe um curso que quero fazer mas tenho a certeza que não volto para aquela universidade, porque aquele prof. é uma palhaço e pregou-me uma rasteira, e é um crápula e blá, blá, blá." Conclusão: a minha mãe (leia-se - a mais querida do mundo, pois não é com leviandade que todas aceitam tamanho drama como eu fiz) lá esperou um ano. E eu deixei-me ficar. Até que um belo dia ela me deve ter aberto os olhos e disse: "Tens de voltar a estudar!" E eu lá muito contrariada comecei a pesquisa. Para começar (e nada mal) lá vem o curso de Informação, Documentação e Comunicação. E foi ouro sobre azul. Conheci pessoas muito diferentes que criavam uma dinâmica muito especial, o que originava uma grande troca de experiências e uma grande aprendizagem. Depois de alguns ataques de angústia miudinha e de frase da praxe ("Eu nunca vou ser capaz de fazer isto"), lá veio um bocadinho mais de segurança, e depois aprendi as coisas fantásticas que se podem fazer numa biblioteca, e que afinal eu era capaz de fazer aquilo e mais que tudo, eu era capaz de ser feliz a fazer aquilo. E assim foi. As oportunidades de trabalho foram surgindo (não da forma como as desejei...) e eu fiquei com vontade de aprender mais. Então... desisti da licenciatura que entretanto tinha começado (um claro erro de casting) e lá fui eu para outra. Esta é a 3ª licenciatura que frequento. E espero que a última. Estou no 3º ano e sou finalista. E orgulho-me disso. Aprendi que os obstáculos se ultrapassam, e que sou capaz. Mas claro que sei que sem algumas das pessoas que me são muito importantes tudo isto não teria sido possível. Precisamos de alguém que nos faça acordar, que nos diga que conseguimos, que nos dê aquele empurrão, que saiba esperar, que saiba compreender a nossa ausência, mas também que saiba compreender a nossa ambição. Essas pessoas... Elas sabem quem são... e assim, só me resta dizer:


um muito obrigada.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Contra o consumismo natalicío


Porque é que será que tenho a ligeira sensação que quem fez o plano curricular da minha licenciatura se lembrou de gozar connosco? Que #"!))=?#* de E-R, de modelo relacional e blá blá blá. Não posso mais com este trabalho e para os devidos efeitos ainda nem começou...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Seriously?!

Seriously.

Ele é Sistema de Gestão de Bases de Dados. É programar em Acess. São chaves primárias. É organogramas XPTO. É ambiente geral e ambiente tarefa. São os casos práticos. São as variáveis. E a departamentalização. E mais o meu amigo Mintzberg.

A sério. Há feriados mesmo maus.