sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Eu bem que gostava

Mas cada vez acredito menos nas pessoas.
A vida leva-me a isso.
As facadas nas costas começam a ser constantes.
E eu começo a sentir-me desiludida.

Trastes.








quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Faz hoje um mês

A pouco e pouco tenho tentado recuperar minha vida. Eu própria sei que preciso de renascer depois de tanta dor que tenho sentido.
Não é fácil.
Não tem sido fácil.
As forças que me acabaram, a pouco e pouco têm voltado.
E tenho-me forçado a manter uma vida minimamente normal.

Porque se cá estivesses quererias que fosse feliz.
Que pegasse no carro e que fossemos dar uma volta até Cascais.
Apanhariamos vento e fresquinho.
Veríamos o mar no Guincho.
Beberiamos um chá bem quente no Outeiro.
Faríamos a nossa sessão de SPA caseiro no regresso.

Eu dar-te-ia o braço para passearmos na rua.
Falariamos de tudo.
Do mundo, da vida, das bibliotecas, do teatro, das notícias, de política, do tempo.
Sinto tanto a tua falta.

E sei que não estás à distância de um telefonema, nem de uma viagem de comboio.

E é isso que dói. Porque a saudade mata.

E não sei se alguma vez mais estaremos juntas.

Sinto tanto tanto a tua falta.

Foste avó, foste mãe, amiga, confidente. Foste tudo o que poderia desejar.

Não estás cá. E eu morro de saudades tuas.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Leituras


"Durante os anos cinquenta, quando a televisão ainda não chegara ao Peru, era através da rádio que se difundiam os sonhos, se transmitiam as notícias e que as vozes fascinantes que davam alma e forma às histórias rocambolescas que coloriam a sucessão dos dias penetravam em casa das famílias... Terá sido por essa altura que Pedro Camacho, autor e intérprete de folhetins radiofónicos boliviano, foi contratado para aumentar a audiência da Rádio Central de Lima, e que a tia Júlia, recém-divorciada, chegou igualmente da Bolívia para transformar a vida de Varguitas, estudante de direito, aprendiz de escritor e responsável pelos serviços de informação de uma estação de rádio.


A estrutura deste romance desenvolve-se em dois níveis que correm paralelos numa perfeita alternância. Por um lado, Varguitas e a sua adolescência, a descoberta do amor e da tia Júlia, a mulher flaubertiana com quem terá uma relação amorosa; por outro, a imaginação prodigiosa de Pedro Camacho e as suas histórias delirantes, aventuras que no fim se confundem para se tornarem uma só. E, subjacente a ambas, a voz difundida pelas ondas populares de uma estação de rádio de Lima, que possibilita o reencontro último com a dimensão mágica da palavra."
Juro que não percebo como é que nesta chafarica um problema informático é coisa para demorar meses a ser resolvido.


Juro que não percebo como é que há coisas que informaticamente falando funcionam tão mal.


Juro que se isto fosse noutro sítio, esta gente já tinha levado tantos pares de berros que se não se tivesse metido na ordem estavam no olho da rua.


Quando se chega ao cúmulo de nem colocaren um cabo eléctrico dentro de uma calha e deixarem-no à balda no meio do caminho, começa a ser demais...


Gosto muito de estar aqui, mas tenho curta paciência para a incompetência.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Eu até posso ser muito arrogante

(em determinadas circunstâncias da vida, que até sou), mas vamos lá a perceber, como é que num mestrado a matéria é a mesma que numa licenciatura? Não deveria ser mais aprofundado?

Um dia

Realizo o teu sonho. Hei-de te levar aqui.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A hora da partida

A hora da partida soa quando

Escurece o jardim e o vento passa,

Estala o chão e as portas batem, quando

A noite cada nó em si deslaça.


A hora da partida soa quando

as árvores parecem inspiradas

Como se tudo nelas germinasse.


Soa quando no fundo dos espelhos

Me é estranha e longínqua a minha face

E de mim se desprende a minha vida

 
Sophia de Mello Breyner Andresen
 
 

Falta-me candidato. Falta-me política

Quando fiz 18 anos, fui alegremente fazer o cartão de eleitora, desejosa de poder votar, porque "votar era um direito e um dever". Agora deparo-me (pela primeira vez), sem qualquer vontade de me deslocar até às mesas de voto.

A grande questão é: Afinal de contas o que faz exactamente um Presidente da República? O que é que um ou outro podem mudar? Porque é que me parece tudo a palhaçada de sempre? Porque é que (será?) que perdi a esperança neste país que também é o meu em tão pouco tempo?

E por outro lado, porque é que (também) me envergonho do meu outro país?

Logo eu, que julgava que um dia as coisas mudariam. E que eu poderia ajudar a mudá-las. Hoje já não acredito nisso. Falta-me esperança. E como tanta gente, começo a achar que o melhor mesmo, é sair daqui. Pelo menos sem se sentir na pele o que são os outros sítios, nunca poderemos criticar verdadeiramente.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Das férias

Agora que passei (não é bem agora, já passaram uns mesitos, eu é que quase nem dei por isso!) a alegre contratada a termo certo, não me tinha apercebido que podia começar já usufruir de dias de férias. Pensei que tinha de deixar passar seis meses e só depois começar a gozá-las.

Consequentemente apercebi-me que tenho 25 dias de férias para gastar em 7 meses. Parece-me tudo muito concentrado.

E depois disso o coração nas mãos.

Lá vem a instabilidade do: "continuo ou não continuo por cá?"

Ou até lá, quem sabe, uma nova oportunidade....

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Animemos o espaço, falemos de....

Vestidos!

Há alturas em que tenho vontade de começar a derreter o cartão de crédito numa ponta do site e só parar na outra ponta. Há muitos exemplares que me falam ao coração, mas para já, para já, estes animavam os meus dias:




Há tanta coisa que gostava de escrever e neste momento se o fizesse julgo que ainda me magoaria mais.

O luto é demasiado difícil.

E eu tenho tanta coisa que gostava de deitar para fora e não consigo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sonhei contigo. Sonhei que ainda cá estavas. E que eu corria para estar contigo.
Mas não consigo precisar mais nada.
Não cheguei a voltar a sentir o teu abraço.

Acordei em pânico e com dificuldade em respirar. Por momentos julguei que as últimas semanas é que tinham sido o sonho, e que, continuavas cá.

Foi sempre assim, o teu abraço. Fonte de segurança. Dar e receber. Um dia, hoje por mim, amanhã por ti. E assim continuadamente.

Fazes-me falta. Fazes-me tanta falta.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Dias sem vontade

Há uns bem mais complicados que outros.

Tento erguer a cabeça e sorrir, mas é tão complicado. (Ainda) me recuso a que a minha vida tenha de ser vivida sem ti.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Não é em vão que este cantinho tem estado parado. Faz amanhã uma semana que perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida.

Tem sido tudo muito difícil (a verdade, é que tem sido para lá de difícil, mas ainda nem consegui arranjar uma palavra para classificar tudo isto).

Um dia, pode ser que consiga voltar a escrever, voltar a dar vida a este espaço.

Para já este blog vai continuar parado.

Agora, só quero arranjar um bocadinho de força e de alento para amanhã pegar na vida do dia a dia e saber que a minha avó estará sempre a olhar por mim, como sempre o fez. Tenho de ser só um bocadinho mais forte. Só um pouco mais.