quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Faz hoje um mês

A pouco e pouco tenho tentado recuperar minha vida. Eu própria sei que preciso de renascer depois de tanta dor que tenho sentido.
Não é fácil.
Não tem sido fácil.
As forças que me acabaram, a pouco e pouco têm voltado.
E tenho-me forçado a manter uma vida minimamente normal.

Porque se cá estivesses quererias que fosse feliz.
Que pegasse no carro e que fossemos dar uma volta até Cascais.
Apanhariamos vento e fresquinho.
Veríamos o mar no Guincho.
Beberiamos um chá bem quente no Outeiro.
Faríamos a nossa sessão de SPA caseiro no regresso.

Eu dar-te-ia o braço para passearmos na rua.
Falariamos de tudo.
Do mundo, da vida, das bibliotecas, do teatro, das notícias, de política, do tempo.
Sinto tanto a tua falta.

E sei que não estás à distância de um telefonema, nem de uma viagem de comboio.

E é isso que dói. Porque a saudade mata.

E não sei se alguma vez mais estaremos juntas.

Sinto tanto tanto a tua falta.

Foste avó, foste mãe, amiga, confidente. Foste tudo o que poderia desejar.

Não estás cá. E eu morro de saudades tuas.

3 comentários:

Turista disse...

Querida Claudia, nada do que diga pode mitigar a tua saudade. No entanto pensa no que de bom partilharam e que tu, com tanto carinho descreves.
Beijinhos.

Anónimo disse...

Ainda à pouco tempo passei por uma situação idêntica... É uma ferida que dói e não cicatriza... Força minha querida e vai voltando ao meu cantinho, és muito bem vinda... Estarei atenta ao teu :) Beijinho grande ***

Nokas disse...

Tens que ser forte!