sexta-feira, 28 de junho de 2013

Tenho saudades de trabalhar. Não o posso negar. Tenho saudades de trabalhar a sério. De estar envolvida em projectos. De fazer coisas novas. De poder estabelecer novas estratégias para a aprendizagem rápida de  diferentes tipos de conhecimento, de novos métodos, de diferentes rotinas.

O fazer coisas novas, o trabalhar a sério, com objectivos reais, já não sei o que é há algum tempo.

Agora sinto-me perdida.

Estou vazia de mim, estou vazia de vida. Sinto que o tempo passa e não tenho muito para fazer com ele.

Sinto que me apaguei, que me deixei vencer pelo cansaço, que me sinto a desfalecer, a morrer aos bocadinhos. Se isto devia ter o impacto que está a ter? Não, não devia. Mas está a ter. Está a ser penoso, doloroso.
Tento limpar as lágrimas para que não se apercebam do que me vai cá dentro, porque julgo que tudo isto é uma fraqueza, é um mal interior com o qual não consigo, nem quero lidar.

Quase todos os dias há alguém a fazer-me uma das perguntas fatídicas: então e a tese? Não, a tese não está escrita. Não tenho vontade. Não tenho predisposição. Não consigo. Se me estou a apagar como posso começar a escrever o que não consigo sequer estruturar num pensamento lógico?

Abandono-mo, a ansiedade toma conta de mim, e volto a viver no medo.

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