a um homem.
Hoje tive um daqueles encontros que costumo apelidar de terceiro grau. Vi uma paixoneta antiga no metro (sim, já fui mulher de muitas paixonetas, algumas fulminantes, outras nem por isso, mas passaram depressa).
E pergunto eu: mas porque é que os homens são... tão básicos?
Ele deixou-me de falar quando começou a sua dita relação séria. E soube por uma amiga em comum, que as cenas de ciúmes da nova namorada eram das fortes. Nenhuma mulher podia ligar ao senhor, "ai meu deus que é uma amante!" E toma lá de partir telemóveis na parede e pô-lo a dormir no tapete.
Enfim...
Histórias à frente, o menino (que entretanto já é quase um quarentão), hoje, ficou de boca aberta a olhar para mim. Parecia que alguma coisa lhe tinha entrado nos olhos e ficado vidrado (talvez no azul do vestido?).
Mas falar, não falou. Olhou, olhou, olhou. Abriu a boca como se estivesse embasbacado. Olho, olhou, olhou. Mas nem um Olá. E depois, para juntar à festa saimos na mesma estação, e ele subiu as escadas a olhar para trás. E lá olhou, olhou, olhou (nem sei como é que não tropeçou...). E eu ás tantas já me perguntava se teria alguma mancha na testa ou o cabelo cor-de-rosa, ou um rasgão no vestido, porque um olhar assim não era, de todo, normal.
E eu também não dei o braço a torcer. Se ele na altura não quis manter a amizade e deixou de atender os meus telefonemas (fosse porque razão fosse) porque é que tinha ser EU a ir falar com ele?
No way, baby...
De certa forma, até percebi aquele olhar de quem... enfim... está a babar-se. Ele conheceu-me muito novinha. Tinha eu 18 aninhos. Era uma miúda. E entretanto já não me via há cinco anos. A miúda, entretanto, deu lugar a uma mulher.
As pessoas mudam, ai se mudam!
Agora, contenta-te em ver o vestido azul...
2 comentários:
Devia ter tropeçado nas escadas e ter feito uma figurinha bem triste!
E tu ainda passarias por cima dele, eh eh eh!
Isso é que eu gostava de ter visto!
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