Uma coisa é certa - vim mais cheia de mim própria, mais segura de mim mesma. Nunca tinha estado num país estrangeiro a fazer uma formação. Tinha estado apenas a trabalhar (também em Londres) num restaurante, mas a responsabilidade não era a mesma.
Vim muito mais confiante do que parti - tinha medo de tanta coisa - da exigência, de não ser a minha língua, de me sentir desenquadrada...
Mas afinal correu tudo muito bem, e o que eu gostaria de ter ficado mais tempo! Nestes dias tive necessidade de escrever, escrever muito, queria escrever tudo o que me acontecia, o que sentia, a auto-estima que se elevava.
Trabalhar onde trabalho pode não ser o melhor sitio do mundo (também, quantos são?), mas uma coisa é bem verdade, nestes anos ganhei uma estaleca profissional (e também pessoal) que noutros sítios dificilmente ganharia.
Dois dias são muito pouco, mas o suficiente para sentir falta da família (e também da comida!). Mas um distanciamento físico da base afectiva é por vezes positivo porque nos faz relembrar o bem que temos.
E depois, mais que uma colega de trabalho, encontrei uma companheira de viagem - e isso às vezes não é fácil. Falámos, falámos, falámos, rimo-nos, demo-nos lindamente e é bom voltar ao escritório com essa sensação.
Um dia... quero, quero muito partir e saber que posso ficar quanto tempo quiser.
*Escrito na volta no Heathrow Express
2 comentários:
Minha querida amiga, entendo perfeitamente e partilho o teu sentimento. Na minha última ida a Londres senti-me outra, revigorada, confiante e bastante orgulhosa por ter superado um receio que era estar numa cidade, quase, desconhecida e praticamente sózinha. Foram uns dias fantásticos. Agora quero repetir a experência no Verão e em Berlin... a ver vamos!
E depois Londres tem qualquer coisa que vicía...
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