sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

It's up to you... New York, New York








Acho que Nova York é um tipo de cidade que precisa de ser digerida.

Já lá vão quase quatro meses desde que meti os pés na cidade que nunca dorme e tenho de confessar que ainda me remói no pensamento. Gostei? Não gostei? Não gostei porque a comida era uma trampa, mas gostei porque os pequenos-almoços eram maravilhosos? Gostei porque têm museus fantásticos, mas não gostei porque não têm história? Não gostei porque as pessoas eram antipáticas e as mandei ir vender peixe no mercado (com todo o respeito para quem vende peixe, mas varinas americanas é que não!), mas gostei porque....?


Não, não me senti em casa. Senti-me esmagada no meio de tanto stress e confusão que se vive nas ruas, nos metros, e que se respira onde quer que se entre. Senti-me esmagada no meio de tantos arranha-céus. Senti-me incomodada com a pobreza que se vê na rua, com os pedintes que dormem no metro e na rua, com as pessoas que vagueiam sem sentido e que se sabe que têm problemas de saúde das mais diversas ordens. Senti nojo das condições de muitas estações de metro.

Não, não tenham medo, não quis entrar no vosso país para ficar.

O sonho americano já há muito tempo que está ultrapassado.

Sonhei muito com esta viagem e fiquei desiludida.

Mas precisava de lá ir, só assim pude saber como realmente era.


Secalhar sou mesmo uma pseudo-cultural arrogante europeia.

Ok, eu vou ali ver mais um filme de Visconti ou de Fassbinder, ouvir Yann Tiersen e planear a próxima viagem a Berlim.

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