domingo, 17 de janeiro de 2010
Em Dezembro de 2007 tirei um bilhete só de ida para Londres. Estava chateada com tudo por cá. Muita coisa não tinha corrido como esperado, sentia-me sozinha e tinha o coração partido. E naquele momento pensei mesmo que ia e só voltava no fim de Janeiro para fazer os testes da Universidade, mas que depois disso voltaria e seria de vez que lá ficava. Pior do que estava por cá seria impossível e eu queria mesmo vivenciar novas experiências.
Muito pouco me agarrava a Portugal e com os bilhetes tão baratinhos que a easyjet proporcionava num instante também poderia cá voltar para matar saudades da minha família e dos amigos, e claro, desta luz fantástica da cidade de Lisboa.
Londres nesse momento passou a representar um espaço para uma fuga, um local onde acabei por passar algumas dificuldades, mas onde o carinho ultrapassou muita coisa. E nessas semanas que lá passei (que se viram reduzidas porque eu mal esperava, mas surgiu-me uma oferta de trabalho um pouco mais tentadora) conheci pessoas fantásticas e recantos que me vão sempre fazer sonhar.
Tenho saudades de me perder naquelas ruas, só eu, sozinha, como se o tempo fosse meu e tendo certezas que às vezes também podemos mudar o rumo à nossa vida.
Amanhã parto para uma visita relâmpago a Londres. Adoraria ficar mais tempo, mas outras responsabilidades falam mais alto.
Uma certeza: voltar rapidamente, e sempre que possível.
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