sábado, 30 de janeiro de 2010
Não é por nada mas estou a ficar assim ligeiramente chateada com o facto de um determinado professor não dar sinais de vida. A minha vontade é postar algo assim:
"Caro professor senhor palhaço,
Caso não se tenha apercebido, este é o último fim-de-semana antes da avaliação presencial e como tal, precisava de saber a nota do último trabalho, custa assim tanto? Ou as notas estão no forno a ver se crescem? É que caso não se tenha apercebido, as pessoas que frequentam esta universidade também trabalham e não é na véspera que vão estudar, sei lá, convinha saber determinadas coisas com antecedência. E já agora posso saber porque é que todas as nossas perguntas ficam sem resposta? Ser professor é só ganhar o salário?
Agradecida.
C."
Pronto, já me sinto muito melhor - só não escrevi onde devia.
"Caro professor senhor palhaço,
Caso não se tenha apercebido, este é o último fim-de-semana antes da avaliação presencial e como tal, precisava de saber a nota do último trabalho, custa assim tanto? Ou as notas estão no forno a ver se crescem? É que caso não se tenha apercebido, as pessoas que frequentam esta universidade também trabalham e não é na véspera que vão estudar, sei lá, convinha saber determinadas coisas com antecedência. E já agora posso saber porque é que todas as nossas perguntas ficam sem resposta? Ser professor é só ganhar o salário?
Agradecida.
C."
Pronto, já me sinto muito melhor - só não escrevi onde devia.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Aquilo que sei e que também sei que tenho medo
Amanhã é dia de teste. O primeiro, do primeiro semestre do último ano da licenciatura. E estou em pânico, as usal. Por ser o último ano entrei um bocadinho em rota de colisão. Tão perto e tão longe. Apenas mais 6 meses que parecem uma eternidade. Sinto-me tão cansada.
Já no último ano do equivalente ao 12º ano tive uma sensação semelhante. O fim começa a chegar, mas já estamos tão exaustos que nem nos preocupamos que tenha de durar mais um ano, qualquer coisa mais virá, e algum dia há-de terminar. Estou desejosa da benção das pastas, da recta final, mas depois tenho um grande ponto de interrogação à frente que me assusta. E aí será altura de tomar mais decisões.
Já no último ano do equivalente ao 12º ano tive uma sensação semelhante. O fim começa a chegar, mas já estamos tão exaustos que nem nos preocupamos que tenha de durar mais um ano, qualquer coisa mais virá, e algum dia há-de terminar. Estou desejosa da benção das pastas, da recta final, mas depois tenho um grande ponto de interrogação à frente que me assusta. E aí será altura de tomar mais decisões.
To think about it
Do you know what we used to call you before you leapt into the jungles of time and space, Cláudia? "
Gutsy.
"Do you know what we call you now?
"An example."
Do you know what we'll call you when you return?
"Teacher."
Tallyho, The Universe
Gutsy.
"Do you know what we call you now?
"An example."
Do you know what we'll call you when you return?
"Teacher."
Tallyho, The Universe
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
De bibliotecária, a assistente de eventos, a secretária, a trainee, a turista, a miúda exausta com a universidade e que não percebe nada de Acess
Esta semana houve de tudo. Estou de rastos. Dêm-me a minha caminha.
Ah, afinal não é possível... Mintzberg meteu-me um pé no caminho.
Ah, afinal não é possível... Mintzberg meteu-me um pé no caminho.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
Em Dezembro de 2007 tirei um bilhete só de ida para Londres. Estava chateada com tudo por cá. Muita coisa não tinha corrido como esperado, sentia-me sozinha e tinha o coração partido. E naquele momento pensei mesmo que ia e só voltava no fim de Janeiro para fazer os testes da Universidade, mas que depois disso voltaria e seria de vez que lá ficava. Pior do que estava por cá seria impossível e eu queria mesmo vivenciar novas experiências.
Muito pouco me agarrava a Portugal e com os bilhetes tão baratinhos que a easyjet proporcionava num instante também poderia cá voltar para matar saudades da minha família e dos amigos, e claro, desta luz fantástica da cidade de Lisboa.
Londres nesse momento passou a representar um espaço para uma fuga, um local onde acabei por passar algumas dificuldades, mas onde o carinho ultrapassou muita coisa. E nessas semanas que lá passei (que se viram reduzidas porque eu mal esperava, mas surgiu-me uma oferta de trabalho um pouco mais tentadora) conheci pessoas fantásticas e recantos que me vão sempre fazer sonhar.
Tenho saudades de me perder naquelas ruas, só eu, sozinha, como se o tempo fosse meu e tendo certezas que às vezes também podemos mudar o rumo à nossa vida.
Amanhã parto para uma visita relâmpago a Londres. Adoraria ficar mais tempo, mas outras responsabilidades falam mais alto.
Uma certeza: voltar rapidamente, e sempre que possível.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Ontem de manhã quando ia a caminho do trabalho pensei: hoje vai ser um dia calmo! Vou despachar tudo o que posso porque na semana que vem pouco vou cá estar.
Qual quê, ele foram pedidos urgentes atrás de pedidos, até que acabei às voltinhas entre o Saldanha e a Baixa à procura de um livro. E claro, para ajudar à festa, eu de sabrinas e de vestido e a chover torrencialmente!
Pelo meio a torneira da banheira cá de casa ainda caiu, magou a minha mãe e lá foram mais 75€ para o %&"#$%.
Para acabar em grande, só mesmo um inicio de noite no Centro de Saúde, o meu homem está com uma otite que não é brincadeira.
E eu que estava cheia de vontade de sair do escritório e ir-me enfiar no colombo à procura de um casaquinho, no way baby.
Bem que esqueci o casaquinho e colombo, e o que me soube bem deitar-me na caminha...
Conclusão: nunca mais penses que um dia vai ser calmo!
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Morreu a guardiã do Diário de Anne Frank
Tinha 100 anos e foi uma das pessoas que ajudou Anne Frank e a sua família a esconderem-se dos nazis. Miep Gies, guardiã dos manuscritos que deram origem ao clássico universal “O Diário de Anne Frank”, durante a II Guerra Mundial, morreu ontem, na Holanda, na sequência de uma queda que deu por altura do Natal.
Gies viajou por todo o mundo narrando as suas experiências durante o Holocausto e a trágica perseguição aos judeus
Foi Miep Gies, que trabalhava para o pai de Anne, Otto, durante a II Guerra Mundial, que reuniu os manuscritos da jovem autora, mantendo-os a salvo dos nazis na esperança de um dia os devolver a Anne. Perante a fatalidade da morte da adolescente num campo de concentração, Miep entregou os documentos a Otto, ajudando-o a compilar os manuscritos.A obra foi finalmente publicada, em formato de diário, em 1947. O livro converteu-se num êxito universal - estima-se que esteja, hoje, entre os dez livros mais lidos do mundo -, com tradução em 60 línguas e mais de 25 milhões de exemplares vendidos, afirmando-se como um dos testemunhos mais vivos da implacável perseguição nazi aos judeus durante o Holocausto.“O Diário de Anne Frank” integra, aliás, a lista de 35 bens do património documental mundial “de interesse universal” propostos em 2009 pela UNESCO ao programa “Memória do Mundo”.Em 1942, em plena II Guerra Mundial, Miep trabalhava como secretária para Otto Frank, quando este lhe confiou um segredo: ele e a sua família tinham decidido esconder-se em Amesterdão para escapar dos nazis. “Otto Frank, o meu chefe, pediu-me que passasse pelo seu escritório. Quando entrei, disse-me: ‘Senta-te. Tenho uma coisa muito importante para te contar. Um segredo, na verdade. Pensámos em nos esconder, aqui, neste prédio. Estarias disponível para nos ajudar, para nos trazeres comida?’. Eu respondi que sim, naturalmente”, contou a própria Gies numa entrevista publicada no site da Casa de Anne Frank, transformada em casa-museu.A última sobrevivente do grupo de pessoas que escondeu os Frank sempre recordou que os verdadeiros heróis em toda a história foram pessoas como o seu próprio marido, Jan, a par com outros funcionários da empresa de Otto, que, em conjunto, ajudaram os oito judeus escondidos no sótão do número 263 de Prinsengracht, em Amesterdão.“Eles estavam indefesos, não sabiam para onde se virar...”, recordou Miep Gies. “Cumprimos as nossas obrigações enquanto seres humanos: ajudámos pessoas em dificuldade”. A função de Miep era levar à família vegetais e carne, ao passo que outras pessoas tinham a função de lhes entregar pão e livros.Depois de os nazis terem descoberto o Anexo Secreto, após uma denúncia às autoridades, e terem detido a família Frank, Miep Gies voltou ao sótão e descobriu, no chão, os manuscritos de Anne. Na altura recorda-se de ter decidido que não os iria ler, respeitando o direito de Anne à privacidade. Nessa altura limitou-se a recolher e a pôr a salvo os documentos. Mas Anne acabou por morrer de febre tifóide no campo de concentração de Bergen-Belsen, a 12 de Março de 1945, quando tinha apenas 15 anos, e por isso, nesse mesmo ano, Miep entregou os documentos ao pai, Otto, o único membro da família que conseguiu sobreviver aos campos de concentração alemães.Miep Gies nasceu em Viena, a 15 de Fevereiro de 1909, tendo-se posteriormente mudado com a sua família para a Holanda, em 1922. Miep conheceu Otto Frank em 1933 quando se candidatou a uma vaga na empresa de especiarias Opekta, por ele dirigida. Miep casou-se com o holandês Jan Gies em Julho de 1941, com quem teve um único filho, Paul.Desde a publicação da obra, Gies viajou por todo o mundo narrando as suas experiências durante o Holocausto e a trágica perseguição aos judeus, o que lhe valeu numerosos reconhecimentos públicos.Gies refutou igualmente, durante toda a sua vida, as alegações que o diário da jovem autora teria sido forjado.Foi anunciado em Agosto do ano passado um filme da Disney acerca da vida de Anne Frank. O argumento e a realização ficarão a cargo de David Mamet.
Gies viajou por todo o mundo narrando as suas experiências durante o Holocausto e a trágica perseguição aos judeus
Foi Miep Gies, que trabalhava para o pai de Anne, Otto, durante a II Guerra Mundial, que reuniu os manuscritos da jovem autora, mantendo-os a salvo dos nazis na esperança de um dia os devolver a Anne. Perante a fatalidade da morte da adolescente num campo de concentração, Miep entregou os documentos a Otto, ajudando-o a compilar os manuscritos.A obra foi finalmente publicada, em formato de diário, em 1947. O livro converteu-se num êxito universal - estima-se que esteja, hoje, entre os dez livros mais lidos do mundo -, com tradução em 60 línguas e mais de 25 milhões de exemplares vendidos, afirmando-se como um dos testemunhos mais vivos da implacável perseguição nazi aos judeus durante o Holocausto.“O Diário de Anne Frank” integra, aliás, a lista de 35 bens do património documental mundial “de interesse universal” propostos em 2009 pela UNESCO ao programa “Memória do Mundo”.Em 1942, em plena II Guerra Mundial, Miep trabalhava como secretária para Otto Frank, quando este lhe confiou um segredo: ele e a sua família tinham decidido esconder-se em Amesterdão para escapar dos nazis. “Otto Frank, o meu chefe, pediu-me que passasse pelo seu escritório. Quando entrei, disse-me: ‘Senta-te. Tenho uma coisa muito importante para te contar. Um segredo, na verdade. Pensámos em nos esconder, aqui, neste prédio. Estarias disponível para nos ajudar, para nos trazeres comida?’. Eu respondi que sim, naturalmente”, contou a própria Gies numa entrevista publicada no site da Casa de Anne Frank, transformada em casa-museu.A última sobrevivente do grupo de pessoas que escondeu os Frank sempre recordou que os verdadeiros heróis em toda a história foram pessoas como o seu próprio marido, Jan, a par com outros funcionários da empresa de Otto, que, em conjunto, ajudaram os oito judeus escondidos no sótão do número 263 de Prinsengracht, em Amesterdão.“Eles estavam indefesos, não sabiam para onde se virar...”, recordou Miep Gies. “Cumprimos as nossas obrigações enquanto seres humanos: ajudámos pessoas em dificuldade”. A função de Miep era levar à família vegetais e carne, ao passo que outras pessoas tinham a função de lhes entregar pão e livros.Depois de os nazis terem descoberto o Anexo Secreto, após uma denúncia às autoridades, e terem detido a família Frank, Miep Gies voltou ao sótão e descobriu, no chão, os manuscritos de Anne. Na altura recorda-se de ter decidido que não os iria ler, respeitando o direito de Anne à privacidade. Nessa altura limitou-se a recolher e a pôr a salvo os documentos. Mas Anne acabou por morrer de febre tifóide no campo de concentração de Bergen-Belsen, a 12 de Março de 1945, quando tinha apenas 15 anos, e por isso, nesse mesmo ano, Miep entregou os documentos ao pai, Otto, o único membro da família que conseguiu sobreviver aos campos de concentração alemães.Miep Gies nasceu em Viena, a 15 de Fevereiro de 1909, tendo-se posteriormente mudado com a sua família para a Holanda, em 1922. Miep conheceu Otto Frank em 1933 quando se candidatou a uma vaga na empresa de especiarias Opekta, por ele dirigida. Miep casou-se com o holandês Jan Gies em Julho de 1941, com quem teve um único filho, Paul.Desde a publicação da obra, Gies viajou por todo o mundo narrando as suas experiências durante o Holocausto e a trágica perseguição aos judeus, o que lhe valeu numerosos reconhecimentos públicos.Gies refutou igualmente, durante toda a sua vida, as alegações que o diário da jovem autora teria sido forjado.Foi anunciado em Agosto do ano passado um filme da Disney acerca da vida de Anne Frank. O argumento e a realização ficarão a cargo de David Mamet.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
Best and Worst Jobs 2010
Segundo o job site CareerCast.com a profissão de bibliotecário aparece no lugar 46 da listagem Best and Worst Jobs 2010. Not so bad... Só é pena é os salários aqui indicados não corresponderem a Portugal... Definitivamente, tenho de ir para os USA!
sábado, 9 de janeiro de 2010
Empty Streets
the city feels clean this time of night
Just empty streets and me walking home
To clear my head
i know it came as no surprise
I'm affected more than I had guessed
By what was said-then
If this loves not meant to be
If a hearts not ready to open
If the naked eye won't see
It's broken.
it's a quiet time before the dawn
And I'm half past making sense of it
Was I wrong?
Should I think to give it all-should i claim to give it all?
In a world where not much ever seems
To last long.
If this loves not meant to be-if this love is not meant to be,
If a hearts not ready to open-if the hearts not ready to open
If the naked eye won't see-if we make it i won't see
It's broken.
Just empty streets and me walking home
To clear my head
i know it came as no surprise
I'm affected more than I had guessed
By what was said-then
If this loves not meant to be
If a hearts not ready to open
If the naked eye won't see
It's broken.
it's a quiet time before the dawn
And I'm half past making sense of it
Was I wrong?
Should I think to give it all-should i claim to give it all?
In a world where not much ever seems
To last long.
If this loves not meant to be-if this love is not meant to be,
If a hearts not ready to open-if the hearts not ready to open
If the naked eye won't see-if we make it i won't see
It's broken.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
The library hotel
Eu não queria fazer resoluções de ano novo. Juro que não queria, mas então apareceu-me assim de repente um Library Hotel! Um Library Hotel? Such a dream for me que sou tão library-addicted!
Gostava de dizer que a resolução de ano novo é voltar a NY e ficar a dormir neste hotel. A menina quer, quer muito!
http://www.libraryhotel.com/
Gostava de dizer que a resolução de ano novo é voltar a NY e ficar a dormir neste hotel. A menina quer, quer muito!
http://www.libraryhotel.com/
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Não sei de amor senão
Não sei de amor senão o amor perdido
o amor que só se tem de nunca o ter
procuro em cada corpo o nunca tido
e é esse que não pára de doer.
Não sei de amor senão o amor ferido
de tanto te encontrar e te perder.
Não sei de amor senão o não ter tido
teu corpo que não cesso de perder
nem de outro modo sei se tem sentido
este amor que só vive de não ter
o teu corpo que é meu porque perdido
não sei de amor senão esse doer.
Não sei de amor senão esse perder
teu corpo tão sem ti e nunca tiddo
para sempre só meu de nunca o ter
teu corpo que me dói no corpo ferido
onde não deixou nunca de doer
não sei de amor senão o amor perdido.
Não sei de amor senão o sem sentido
deste amor que não morre por morrer
o teu corpo tão nu nunca despido
o teu corpo tão vivo de o perder
neste amor que só é de não ter sido
não sei de amor senão esse não ter.
Não sei de amor senão o não haver
amor que dure mais que o nunca tido.
Há um corpo que não pára de doer
só esse é que não morre de tão perdido
só esse é sempre meu de nunca o ser
não sei de amor senão o amor ferido.
Não sei de amor senão o tempo ido
em que amor era amor de puro arder
tudo passa mas não o não ter tido
o teu corpo de ser e de não ser
só esse é meu por nunca ter ardido
não sei de amor senão esse perder.
Cintilante na noite um corpo ferido
só nele de o não ter tido eu hei-de arder
não sei de amor senão amor perdido.
Manuel Alegre
o amor que só se tem de nunca o ter
procuro em cada corpo o nunca tido
e é esse que não pára de doer.
Não sei de amor senão o amor ferido
de tanto te encontrar e te perder.
Não sei de amor senão o não ter tido
teu corpo que não cesso de perder
nem de outro modo sei se tem sentido
este amor que só vive de não ter
o teu corpo que é meu porque perdido
não sei de amor senão esse doer.
Não sei de amor senão esse perder
teu corpo tão sem ti e nunca tiddo
para sempre só meu de nunca o ter
teu corpo que me dói no corpo ferido
onde não deixou nunca de doer
não sei de amor senão o amor perdido.
Não sei de amor senão o sem sentido
deste amor que não morre por morrer
o teu corpo tão nu nunca despido
o teu corpo tão vivo de o perder
neste amor que só é de não ter sido
não sei de amor senão esse não ter.
Não sei de amor senão o não haver
amor que dure mais que o nunca tido.
Há um corpo que não pára de doer
só esse é que não morre de tão perdido
só esse é sempre meu de nunca o ser
não sei de amor senão o amor ferido.
Não sei de amor senão o tempo ido
em que amor era amor de puro arder
tudo passa mas não o não ter tido
o teu corpo de ser e de não ser
só esse é meu por nunca ter ardido
não sei de amor senão esse perder.
Cintilante na noite um corpo ferido
só nele de o não ter tido eu hei-de arder
não sei de amor senão amor perdido.
Manuel Alegre
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