sexta-feira, 28 de junho de 2013

Tenho saudades de trabalhar. Não o posso negar. Tenho saudades de trabalhar a sério. De estar envolvida em projectos. De fazer coisas novas. De poder estabelecer novas estratégias para a aprendizagem rápida de  diferentes tipos de conhecimento, de novos métodos, de diferentes rotinas.

O fazer coisas novas, o trabalhar a sério, com objectivos reais, já não sei o que é há algum tempo.

Agora sinto-me perdida.

Estou vazia de mim, estou vazia de vida. Sinto que o tempo passa e não tenho muito para fazer com ele.

Sinto que me apaguei, que me deixei vencer pelo cansaço, que me sinto a desfalecer, a morrer aos bocadinhos. Se isto devia ter o impacto que está a ter? Não, não devia. Mas está a ter. Está a ser penoso, doloroso.
Tento limpar as lágrimas para que não se apercebam do que me vai cá dentro, porque julgo que tudo isto é uma fraqueza, é um mal interior com o qual não consigo, nem quero lidar.

Quase todos os dias há alguém a fazer-me uma das perguntas fatídicas: então e a tese? Não, a tese não está escrita. Não tenho vontade. Não tenho predisposição. Não consigo. Se me estou a apagar como posso começar a escrever o que não consigo sequer estruturar num pensamento lógico?

Abandono-mo, a ansiedade toma conta de mim, e volto a viver no medo.
Sometimes I have that awkward feeling... that I don't want to be here anymore

sexta-feira, 7 de junho de 2013

9

Nove meses. Nove meses de (oficialmente) Nós. Nove meses de ti.

Agora numa vida a quatro, a descobrirmos novas formas de estar, de educar, de ceder um bocadinho, de conversar, de encontrar (em conjunto) a melhor hipótese, de abrir o coração, de dar, de aprender.

Nove meses - e a sensação de te conhecer há tanto tempo, mas de querer continuar a redescobrir-te todos os dias. A poder chegar-te cada vez mais ao coração. E à alma.

Nove meses da construção de uma família. De uma relação. De nós os dois. Da Zu. Da Miss Ofélia. Da descoberta das noites aconchegada a ti. De um cantinho nosso. De abracinhos bons.

Nove meses de angústia das noites em que não dormimos juntos. Nove meses de querer(-te) sempre mais.


Nove meses contigo meu amor. A acreditar no amor. A acreditar em nós. A acreditar em ti.