segunda-feira, 2 de abril de 2012

E depois há alturas

Em que tenho vontade de enviar um e-mail ao José Luís Peixoto a pedir-lhe que se case comigo.

Porque cada linha que escreve, cada junção de palavras, é para mim tão perfeita, tão profunda, tão sincera, que julgo que só pode estar atrás de uma escrita tão bela, um homem puro, sensível, honesto, apaixonante.

« na hora de pôr a mesa, éramos cinco: o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu. depois, a minha irmã mais velha casou-se. depois, a minha irmã mais nova casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje, na hora de pôr a mesa, somos cinco, menos a minha irmã mais velha que está na casa dela, menos a minha irmã mais nova que está na casa dela, menos o meu pai, menos a minha mãe viúva. cada um deles é um lugar vazio nesta mesa onde como sozinho. mas irão estar sempre aqui. na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco. enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre cinco.»

Excerto de A Criança em Ruínas

É esta a magia da leitura e dos livros. E é isto que me apaixona em certos autores. Porque me sinto tão perto deles, como se eles me tocassem, como se falassem daquilo que sempre senti, da minha realidade. E é isso que me faz sentir uma profunda admiração por eles.

6 comentários:

Nokas disse...

Tenho que ler :)

Tanita disse...

Não sou muito fã dele, mas há coisas que gosto. Bj**

Eu disse...

Vá, marca um encontro com ele, quem sabe o que pode acontecer! LOL!

Marina disse...

Eu - Parece-me que o senhor já é muito bem casado!

R disse...

Olá querida Cláudia, agora é uma visita rápida, vi aí um post que quero ler, mas agora não dá, deixo para já um beijinho e desejo-te o melhor do mundo.

R disse...

Olá querida Cláudia, agora é uma visita rápida, vi aí um post que quero ler, mas agora não dá, deixo para já um beijinho e desejo-te o melhor do mundo.