domingo, 12 de fevereiro de 2012

(♥)

E o tempo tem passado. Como tem passado. E hoje sinto-me em pequenos fragmentos de mim própria.

Não me sinto aqui nunca mais. E sinto uma necessidade de crescer que há tanto tempo não sentia.

Hoje queria dormir. Sinto-me cansada, sinto-me tão cansada dos choques que tenho apanhado.

Presumo que tenho de (re)aprender a viver. Todos sobrevivemos. Todos (re)aprendemos. Os sustos fazem-nos ter medo de cair, fazem-nos revirar, fazem-nos desejar mais e melhor.

E de repente comecei a (re)desejar fazer coisas que há muito tempo não fazia.

Dizem-me que muitas vezes o que está mesmo à nossa frente se torna invisível aos nossos olhos quando não queremos ver.
Mas também me dizem que a vida fala connosco, apenas temos de saber ouvi-la.

Presumo que estive durante demasiados anos sem ouvir a vida. Sem querer saber o que ela me dizia. Ou melhor, só ouvi parte.

E hoje, dói-me o coração. E a alma. E presumo que me tornei  em alguém com uma auto-estima muito menor daquela que alguma vez pude imaginar.

Não sei até que ponto contribuíste para isso e não sei quantas vezes terei escrito e dito que não é contigo que quero estar.

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