E o tempo tem passado. Como tem passado. E hoje sinto-me em pequenos fragmentos de mim própria.
Não me sinto aqui nunca mais. E sinto uma necessidade de crescer que há tanto tempo não sentia.
Hoje queria dormir. Sinto-me cansada, sinto-me tão cansada dos choques que tenho apanhado.
Presumo que tenho de (re)aprender a viver. Todos sobrevivemos. Todos (re)aprendemos. Os sustos fazem-nos ter medo de cair, fazem-nos revirar, fazem-nos desejar mais e melhor.
E de repente comecei a (re)desejar fazer coisas que há muito tempo não fazia.
Dizem-me que muitas vezes o que está mesmo à nossa frente se torna invisível aos nossos olhos quando não queremos ver.
Mas também me dizem que a vida fala connosco, apenas temos de saber ouvi-la.
Presumo que estive durante demasiados anos sem ouvir a vida. Sem querer saber o que ela me dizia. Ou melhor, só ouvi parte.
E hoje, dói-me o coração. E a alma. E presumo que me tornei em alguém com uma auto-estima muito menor daquela que alguma vez pude imaginar.
Não sei até que ponto contribuíste para isso e não sei quantas vezes terei escrito e dito que não é contigo que quero estar.
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