Naquele tempo tudo era puramente verdadeiro. Se chorávamos era porque nos tinham "dessarumado as gavetas" de tal forma que sentiamos que já mais nada podiamos suportar.
A maldade era puramente verdadeira. Os sonhos eram verdadeiros. As lágrimas eram verdadeiras. A ambição era verdadeira.
O ódio e o amor tocavam-se, faziam connosco o exercício do espelho, as cápsulas, os exercícios de voz, de corpo, os ensaios gerais, a esgrima - tomavam conta de nós, faziam-nos mexer. Faziam-nos continuar.
E era por isso que sabiamos que amávamos incondicionalmente o que faziamos. E que não poderiamos estar em lugar algum senão ali. Que tinhamos a certeza que aquele iria ser o nosso futuro, tivessemos de ir contra quem fosse. Estávamos dispostos a lutar.
Havia dias que nos arrastávamos, já nada podiamos fazer contra a turbulência de sentimentos.
Os 15 anos são cedo para muitas coisas. Para viver no limite dos sentimentos também. E eu não me esqueço. E ainda me toca. E ás vezes, apesar da nostalgia, ainda me dói.
Sei que amei incondicionalmente nesta altura. E tudo era puramente belo.
2 comentários:
Cláudia:
Desculpa não ter aparecido por aqui. Mas não tem dado. Conto em breve voltar a visitar os cantinhos dos amigos. Hoje vim para te dizer que tens um prémio para ti no meu blog. Beijinhos
Obrigada minha querida! E... não tens que pedir desculpa! Daqui a pouco vou colocar o selo no blog. muitos beijinhos
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