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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Há uns anos atrás foi o martírio do género: "ah e agora o que vai ser de mim? Que licenciatura é que vou fazer? Faço ciência política, ou comunicação social, ou relações internacionais? Será que quero mesmo continuar a estudar?" E depois: "ah e tal, afinal não gosto de nada, só existe um curso que quero fazer mas tenho a certeza que não volto para aquela universidade, porque aquele prof. é uma palhaço e pregou-me uma rasteira, e é um crápula e blá, blá, blá." Conclusão: a minha mãe (leia-se - a mais querida do mundo, pois não é com leviandade que todas aceitam tamanho drama como eu fiz) lá esperou um ano. E eu deixei-me ficar. Até que um belo dia ela me deve ter aberto os olhos e disse: "Tens de voltar a estudar!" E eu lá muito contrariada comecei a pesquisa. Para começar (e nada mal) lá vem o curso de Informação, Documentação e Comunicação. E foi ouro sobre azul. Conheci pessoas muito diferentes que criavam uma dinâmica muito especial, o que originava uma grande troca de experiências e uma grande aprendizagem. Depois de alguns ataques de angústia miudinha e de frase da praxe ("Eu nunca vou ser capaz de fazer isto"), lá veio um bocadinho mais de segurança, e depois aprendi as coisas fantásticas que se podem fazer numa biblioteca, e que afinal eu era capaz de fazer aquilo e mais que tudo, eu era capaz de ser feliz a fazer aquilo. E assim foi. As oportunidades de trabalho foram surgindo (não da forma como as desejei...) e eu fiquei com vontade de aprender mais. Então... desisti da licenciatura que entretanto tinha começado (um claro erro de casting) e lá fui eu para outra. Esta é a 3ª licenciatura que frequento. E espero que a última. Estou no 3º ano e sou finalista. E orgulho-me disso. Aprendi que os obstáculos se ultrapassam, e que sou capaz. Mas claro que sei que sem algumas das pessoas que me são muito importantes tudo isto não teria sido possível. Precisamos de alguém que nos faça acordar, que nos diga que conseguimos, que nos dê aquele empurrão, que saiba esperar, que saiba compreender a nossa ausência, mas também que saiba compreender a nossa ambição. Essas pessoas... Elas sabem quem são... e assim, só me resta dizer:


um muito obrigada.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Uma pequena história

No primeiro dia de aulas de uma Universidade um jovem estudante apressado corria para a primeira aula quando, de repente, esbarrou com um senhor idoso que seguia no mesmo corredor.
- Perdão Professor, ia distraído, nem o vi - desculpou-se o jovem.
- Não sou professor meu rapaz, sou aluno – retorquiu o ancião.
- Aluno? Mas que idade tem o senhor? Perguntou o jovem.
- Tenho 73 anos.
- E em que curso está inscrito? Voltou a perguntar o jovem.
- Inscrevi-me em Medicina. É um sonho que sempre tive e que agora tentarei tornar realidade – respondeu o velhote.
- Eu também sou aluno de Medicina. Mas este curso dura 5 anos e depois mais 2 anos de estágio e mais 1 ano de especialização o que dá um total de 8 anos até estar em condições de exercer medicina. Quando terminar o senhor terá 80 anos – rematou o jovem estudante.
- Meu caro colega, de facto terei 80 anos se chegar lá. Mas se não seguir o meu sonho a única coisa que terei daqui a 7 anos serão apenas 80 anos e nada mais.
Não há nada mais precioso que o nosso tempo. Não conheço maior riqueza que essa. Podemos comprar tudo na vida, bastando estarmos dispostos a pagar e ter dinheiro para isso. O que não podemos comprar é tempo de vida.
O que podemos fazer com o nosso tempo, a nossa maior riqueza, só a nós diz respeito. Trocamos o nosso tempo por dinheiro quando trabalhamos, gastamos o nosso tempo com quem gostamos, etc. A maior desvantagem do nosso tempo é apenas uma: nunca pára, está sempre a contar, mesmo quando dormimos.
Portanto, meus amigos e amigas, quando chegarmos a Julho de 2010, desejo sinceramente que sintam a mesma felicidade do velho estudante de medicina que não quis só e apenas ter 80 anos, mas também concretizar o seu sonho.
Eu podia ter passado estes anos a mudar canais de televisão nas noites que dediquei a esta licenciatura ou a jogar vólei na praia, a bronzear-me e a beber caipirinhas na altura em que o calor dos p-folios nos derretiam os neurónios.
Cá estou para mais um ano que espero ser o último desta caminhada. E estou convosco para o que precisarem e me for possível ajudar-vos.
Espero que quando chegarem aos 73 também recebam um empurrão de um jovem estudante a caminho da sala de aula!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Finalista!


Parece que é oficial: Sou finalista! Depois de andar a coleccionar primeiros anos nas universidades sinto-me super orgulhosa daquilo que alcancei e apesar de poder haver alguns precalços neste último ano nada me tirará esta sensanção de vitória e de missão cumprida. Espero brevemente comprar as fitas e a capa e quanto ao traje é que ainda me restam algumas dúvidas, mas ser uma capa negra é um sonho antigo. E pelo meio... claro que já ando a sonhar com o mestrado!

terça-feira, 19 de maio de 2009

2000-2003

Naquele tempo tudo era puramente verdadeiro. Se chorávamos era porque nos tinham "dessarumado as gavetas" de tal forma que sentiamos que já mais nada podiamos suportar.

A maldade era puramente verdadeira. Os sonhos eram verdadeiros. As lágrimas eram verdadeiras. A ambição era verdadeira.

O ódio e o amor tocavam-se, faziam connosco o exercício do espelho, as cápsulas, os exercícios de voz, de corpo, os ensaios gerais, a esgrima - tomavam conta de nós, faziam-nos mexer. Faziam-nos continuar.

E era por isso que sabiamos que amávamos incondicionalmente o que faziamos. E que não poderiamos estar em lugar algum senão ali. Que tinhamos a certeza que aquele iria ser o nosso futuro, tivessemos de ir contra quem fosse. Estávamos dispostos a lutar.

Havia dias que nos arrastávamos, já nada podiamos fazer contra a turbulência de sentimentos.

Os 15 anos são cedo para muitas coisas. Para viver no limite dos sentimentos também. E eu não me esqueço. E ainda me toca. E ás vezes, apesar da nostalgia, ainda me dói.


Sei que amei incondicionalmente nesta altura. E tudo era puramente belo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

All I have to do is dream

Ainda não parei de sonhar. Aliás, espero nunca o fazer. Continuo a viver com a utopia que um dia vou poder deixar de trabalhar, nem que seja só por um ano, para me dedicar aos estudos.

Talvez o meu mal tenha sido o facto de ter começado a trabalhar demasiado cedo. A pouco e pouco vem o charme do dinheiro, a independência financeira e tudo acaba por ser uma bola de neve.
E assim tomam-se opções, delineia-se uma estratégia, dá-se o melhor que se pode...

E entretanto os anos vão passando e quanto mais aprendo mais certezas tenho do que quero fazer. E apercebo-me que cada vez gosto mais do meu curso e menos do meu trabalho. Mas para já é assim: o segundo paga o primeiro e quando este terminar outras oportunidades hão-de surgir.

É como digo: cada um prostitui-se da maneira que pode.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Crescer depressa dói

Ontem à noite já depois de ter vindo de casa da minha amiga F. apercebi-me que já nos conhecíamos há 9 anos. 9 anos de encontros e desencontros, de momentos formidáveis e que Von Kant acabou por consolidar.



Nos primeiros anos era tudo muito intenso, tínhamos saído dos locais onde tínhamos crescido, onde tínhamos a família e os amigos, da casa que considerávamos nossa, e dos locais que verdadeiramente conhecíamos. Nessa altura as ruas eram estranhas, a escola era longe e tudo parecia magicamente belo.



A emoção estava à flor da pele. Éramos todos extremamente sensíveis. Julgo que de certa forma todos tivemos a sensação que tínhamos vendido a alma ao diabo. As noites sem dormir começaram a existir, os medos e a insegurança surgiram e tornámo-nos adultos demasiado depressa. Descobrimos a responsabilidade e a competitividade. Percebemos o trabalho que envolve seguir um sonho. Soubemos o que tinhamos de deixar para trás. Fizemos opções.



Depois tornámo-nos adultos a sério e cada um seguiu o seu caminho. Já não escrevemos postais e mensagens de parabéns pelos momentos em palco, já não dizemos amo-te como antes dizíamos, já não choramos juntos e abraçados, já não competimos ferozmente uns com os outros, já nem sabemos uns dos outros. Muitos de nós já nem sobem às tábuas. Muitos já nem sabem o que é o doce som dos aplausos.



3 anos muito intensos que me marcarão sempre. Os melhores 3 anos da minha vida. Os 3 anos da grande aprendizagem.



Vamos continuar a saber o que este fascínio significou. Vamos continuar a ler e a estar atentos.



Cada um desenhará a sua carreira da melhor forma que se lhe aprouver.



E como Cascais foi o pano de fundo desta fase tão especial, será sempre o meu cantinho especial, o meu ponto para uma fuga, onde me sentirei sempre em casa.



Afinal, descobrimos que crescer depressa dói.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Porque todos devem cair de joelhos e adorar um(a) bibliotecário/a

Para todos aqueles que acharam estranho há três anos atrás a minha entrada no curso de TIDC, que torceram o nariz quanto falei de bibliotecas e que me disseram com ar enjoado, "tu? ai, não tem nada a ver".

E também para todos aqueles que acharam ainda mais estranho a continuação de estudos na mesma área e que acharam impossível dar continuidade a uma carreira pelas ciências da informação e da documentação, aqui vai:



Porque todos devem cair de joelhos e adorar um(a) bibliotecário/a

OK. Pois. Todos temos as nossas ideias preconcebidas do que é ser bibliotecário e do que eles fazem o dia todo. Muitas pessoas pensam nos bibliotecários como funcionários públicos de estatuto menor, esgueirando-se por todo o lado , a fazer "ssssh" constantemente, para não falar de selar e carimbar coisas a torto e a direito. Ora... pensa melhor ò meu!

Bibliotecários têm licenciaturas em ciências da informação e, muitas vezes, mestrados em Sistemas de Dados e Interface Homem/Computador. Os bibliotecários podem catalogar tudo o que existe entre um alho e a orelha de um cão. Podem-no catalogar a si.

Os bibliotecários controlam poderes inimagináveis. Com um leve torcer do pulso a sua tese de doutoramento desaparece detrás de 50 anos de "Crónica Feminina". Podem encontrar informação para o seu trabalho final que nem você sabia que existia. Podem até guiá-lo para novos e mais apropriados temas de investigação.

As pessoas tornam-se bibliotecários porque sabem demais. O seu conhecimento estende-se muito para além das meras categorias. Não podem ser confinados a meras disciplinas. Os bibliotecários sabem e conhecem tudo. Eles dão ordem ao caos. Dão cultura e sabedoria às massas. Preservam todos os aspectos do conhecimento humano. Ser bibliotecário é fixe. E dão cabo do canastro a quem pense o contrário!