quinta-feira, 28 de maio de 2015

Do tempo que não volta

Espaço vazio.
Espaço sem ti.
Este não é o meu sítio.

A noite é longa e as saudades apertam. A noite faz com que todos os quilometros deste mundo pareçam infinitos. Nem as estrelas cadentes chegam para os minimizar.

Escrevo palavras sem nexo, palavras sem fim. Escrevo um grito de ipiranga. Escrevo o gélido da noite. Escrevo a lança que me trespassa o coração. Grito por ti. 
Onde estás agora?
 Preciso do teu abraço.

Noite fria. Noite gélida.

Que importam as noites mais belas do mundo se não estás cá para me abraçar?

Fazes-me falta. Fazes-me falta. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Noite de insónia

E de relembrar o passado carimbado por estas linhas virtuais.

Desde 2008 a desabafar estórias dos meus dias pela blogosfera. Saudades.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Those years

Enquanto descobri o corporate world vi-me obrigada a reformular a forma como usava a internet. De um dia para o outro nem tinha acesso ao email pessoal quando estava no trabalho. Como as redes sociais não estavam ainda em alta na altura decidi colocar em prática o que já há muito tempo desejava - criar um blog!

O tempo passou e declaradamente os dias encolheram no que tocava à facilidade de vir até aqui, de escrever, de desabafar, de colocar em modo eterno os meus pensamentos.

Durante algum tempo pensei em vários rumos para este espaço - torná-lo num espaço de viagens, ou de restaurantes, ou sobre o algarve, ou sobre experiências bibliotecários, sobre familias italianas, ou só sobre amores desfeitos. Mas nada disto faria sentido sem que fosse tudo escrito e fotografado num grande mix, revelando a pouco e pouco quem sou. Mas quem era em 2008, deixou apenas algumas sombras, marcas, aprendizagens. Já não sou uma miúda que mora sozinha e que todos os dias come a massa queimada que tentou cozinhar.

Renasci. Nunca tive um ano tão completo, tão desgastante e ao mesmo tempo tão feliz. Descobri sentimentos que julgava inexistentes. Reforcei a minha forma de ser, de estar, de ajudar quem amo.

E hoje... quase no fim de 2014 sou muito mais e muito mais forte do que alguma vez fui.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Marriage

Uma coisa aprendi com o tempo: relações à la Carrie e Mr Big são doentias. E completamente desgastantes. Secalhar se tiveres 15 ou 17 anos a coisa do começa_acaba_começa_acaba faça mossa mas não destabiliza completamente. A partir daí só é masoquista quem quer. E eu fui durante seis anos. Bolas, fui mesmo masoquista! Por um amor que julgava (na altura) que poderia vencer tudo e todos deixei-me estar com a pessoa mais doentia, instável, dominante, egoísta, hipócrita, arrogante e manipuladora que alguma vez conheci. Até ali tinha vivido seis anos que me ensinaram o que não quero - e que mais vale sozinha do que mal acompanhada - e que me fizeram ver que não deve haver nenhum medo em se estar por nossa conta e risco.
Quando finalmente acordei tudo o que era bom aconteceu na minha vida. E apareceste TU.
E hoje, não posso estar mais feliz por isso!

No entanto, uma das coisas positivas em Carrie e Mr Big é a conversa descontraída sobre o casamento.


Mr. Big: Would you want to get married?
Carrie Bradshaw: Well, I didn't, didn't think that was an option.
Mr. Big: What if it was an option?
Carrie Bradshaw: Why? What? Do you want to get married?
Mr. Big: I wouldn't mind being married to you. Would you mind being married to me?
Carrie Bradshaw: No, no, not, not if that's what you wanted. I mean, is, is that what you want?
Mr. Big: I want you. So, ok.
Carrie Bradshaw: So really, we're, we're getting married?
Mr. Big: We're getting married. Should we get you a diamond?
Carrie Bradshaw: No. No. Just get me a really big closet.

(...)

Mr. Big: That's why you need a diamond... to seal the deal. 


E foi assim que aconteceu, porque inicialmente nem pensei que pudesse ser uma opção. E assim, cá estamos nós, hoje e sempre. E todos os dias cada vez mais fortes.


  Ever Thine, Ever Mine, Ever Ours.

terça-feira, 4 de março de 2014

Diário de uma desempregada #1

O IEFP chama-me para uma única entrevista - colectiva - para comunicar que somos os "felizes seleccionados" para ir a uma entrevista para uma Câmara Municipal. Nada de mal até sabermos que não é trabalho, é "ocupação". E que por isso temos deveres mas não temos direitos. E que vamos continuar com subsídio de desemprego.

Para compor o ramalhete, a ocupação era... num cemitério.

E pergunto-me, mais que nunca: porque é que continuei a estudar, mesmo?