quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009

Esta è a primeira vez em que vou fazer resoluções de ano novo e umas dessas coisas foi decidida na noite de 24 depois de ser o segundo dia a lavar loiça sem fim:

  • comprar uma máquina de lavar loiça!
  • ir a Berlim e à Madeira
  • Fazer todas as disciplinas do 2º ano da Universidade e a "pedra no sapato" que me ficou do primeiro ano
  • comprar a mobília da sala (antes que a antiga me consuma os nervos e estrafegue o sofá)
  • começar a cozinhar uma comida porreira (de forma a que os tomates famosos deixem de ser só os da minha mãe e passem a ser também os meus)
  • estar mais tempo com as pessoas de quem gosto (isto é para este ano e para todos!)
  • voltar ao Soito, ir a Òbidos e a Beja às Palavras Andarilhas
  • nunca pôr em dúvida que ir a um concerto ou ao teatro é um dinheiro bem gasto (é sempre, nem que seja para aprender aquilo que não se deve fazer)
  • Começar a informar-me sobre mestrados por cá e em terra de nuestros hermanos

E depois existem aqueles sítios que quero ir e antes que me esqueça de alguns aqui vão eles:

- Espaço Yron

- Lx Factory

- Music Box

- Bacalhoeiro

E mais não digo:

vemo-nos por aí! :)

Um óptimo ano de 2009!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

"Amigo do Alheio" VS José Saramago

Confesso que na noite do jantar de natal do escritório esperei receber um livro, mas não contava de todo que o meu amigo oculto se lembrasse de Saramago.

Depois de uma tentativa falhada de leitura do Memorial do Convento aos meus 15 anos nunca mais tentei sequer pegar num dos seus livros.

Não acredito que na adolescência se tenha propriamente a maturidade literária para se ler este tipo de escrita.

E eis que quando abro o embrulho deparo-me com o Ensaio sobre a Cegueira.

Primeiro a desilusão, depois o contentamento e entretanto senti-me sufocada, agoniada, angustiada com este livro.

Pode ser tudo tão verdade, tão certo, e é isso que dói, que magoa, que torna desconfortável.

Como é que Saramago consegue fazer uma descrição tão pormenorizada e tão assustadora?

Como é que nos faz sentir terror e compaixão (tal como numa tragédia grega)?

Como é que os seres humanos podem chegar tão baixo?

Tornarem-se mais animais que os animais?

Onde estão os nossos sentidos de sobrevivência?

Fazem falta neste mundo mais Saramagos, ele e a sua escrita simbolizam um grito, uma fuga, um alerta para aquilo que podemos chegar a ser.

Sim, é incomodativo, pode-nos provocar pesadelos, vontade de chorar.

Mas só percebemos o quanto degradantes podemos ser com estes gritos de alerta.

Temos de perceber as metáforas, saber os nossos limites, sabermos a que podemos estar dispostos, até que ponto podemos ser fortes......

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Lisboa.....


Tinha de apanhar ar. Aproveitei a hora de almoço para o fazer. Não queria estar fechada, não queria ouvir o barulho das impressoras e dos faxes, nem os som dos teclados. Queria apanhar Sol, ver o Tejo de perto, a Ponte e a Baixa. Gosto tanto de Lisboa. Gosto de fechar os olhos e sentir o cheiro de castanhas assadas e uma brisa vinda do rio, de sentir a humidade da cidade. De recordar o que aconteceu e as noites infinitas.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Natal
























No ano passado tive o Natal mais típico de sempre. Com bacalhau, peru, filhoses e vinho do porto.

Estranho, estranho foi que o passei em Londres onde nada fazia esperar um espírito tão português, logo eu que costumo comer lasanha ou ravioli na noite de natal porque em mim há muito da cultura italiana.

Tenho saudades de passear por Battersea Park, de ir a Convent Garden e ao Science Museum, de ir trabalhar ao fim da tarde e beber uma sambuca no final da noite, de comprar cheesecake a 1£ no Asda, de encontrar portugueses que pedem chorizo in flames, tenho saudades de apanhar o 46 e de dormir num colchão no chão, de ver as raposas a fugirem de nós, de pedir um expresso que nem a café sabe e a seguir mergulhar numa banheira de café com leite, tenho saudades do aquecedor na parede, da casa grande e das bicicletas no quintal, de andar pela cidade sem destino e (re)encontrar tantos sítios, de ter saudades de cá, de sair de casa contigo e andarmos pela cidade, de ver o rio e ir até Vauxhall, que um estranho me dê o braço e desate a dançar comigo no meio da rua.

Há experiências que gostava que se repetissem...

Anti-cristo da cozinha


Acho que sou uma espécie de anti-cristo da cozinha. A minha mãe bem que tenta ensinar-me muitos dos seus belos cozinhados, insistindo que são fáceis, mas as minhas mãos de fada do lar não chegam para tanta primazia culinária.

E como estas férias tive a oportunidade de ter mais tempo para mim própria, eis que me lembro de pôr em prática a receita de crepes da minha mãe.

Estão a ver ovos mexidos queimados por fora e crus por dentro? Uma grande salganhada que nem comida parece?

Eis a prova que sou mesmo uma má cozinheira e pelo andar da carroça uma má pasteleira.

Sim, os crepes congelados como estes que mostro cá em cima existem por isto mesmo!

Eu sou a gaja que queima as pizzas congeladas, que desfaz os bolos quando saem do tabuleiro, que atira com o óleo a ferver para todos os cantos e deixa cair metade do cozinhado para o chão.

Meninos e meninas: Quando os convido para jantar lá em casa, encarreguem-se por favor de trazer a comida, eu encarrego-me do resto :P