quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Starbucks @ Lisboa :)


Por estranho que possa parecer deu-me um prazer enorme pedir uma banheira de café com muito docinho na minha língua:

"Queria um Caramel Machiato por favor!"

uhmmmmmmmmmm

Que delicia!

Pois apesar de ser metade italiana, metade portuguesa e de ambos os países serem conhecidos pelos seus expressos, sou viciada em Starbucks (talvez seja a culpa da minha família estrangeirada :P), é mais forte do que eu e foi muito agradável entrar num espaço destes mas pelos lados de Lisboa!

Tardou mas chegou!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Recordações

Se calhar gostavas de saber que ontem peguei em muitas recordações nossas. Que vasculhei caixas e gavetas de forma a poder saber o que já não interessa, o que me pode prender ao passado e fazer-me sentir nostálgica. E encontrei objectos que julgava que já nem existiam, que se tinham perdido nos dias, promessas de amor que já não fazem sentido.

Se calhar gostavas de saber se guardei alguma coisa...


Mas já não olho para trás com sentimentos de mágoa, já não derramei lágrimas, apenas sorri.

IKEA

Não, não vou casar, não estou a comprar um enxoval, e não vou ficar a morar com o alguém, ou sair de casa, só quis comprar a minha mobília, porque a independência financeira ainda não me permite sair de casa da forma que gostava mas permite-me estas pequenas prendas para moi memê ou para a famelga que tanto me dão prazer :)


Depois de uma semana em que andei a fazer de mula de carga, (ou direi mesmo besta?) compreendi muito bem aquilo que o Ricardo Araújo Pereira escreveu há uns tempos sobre o Ikea na sua crónica na Visão. E eis que me vejo a mim a carregar com 360 kg de mobília para o meu quarto e a arrastar mais três amigos nesta loucura doentia em que passámos uma noite inteira naquele antro e a perder a cabeça com diversos percalços que aconteceram.

Passadas algumas dores de costas tenho neste momento um quarto desfigurado e uma casa de pantanas até Terça. Nunca pensei que tanta tralha coubesse em tão poucos metros quadrados.


E a resposta a algumas perguntas do género: "Porque é que queres ser moderna e vir ao IKEA?" "Porque é o único onde posso estruturar o roupeiro à minha medida!"

E isto ainda é só inicio da reformulação pensada, para o ano há mais!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008




You Belong in Paris



You enjoy all that life has to offer, and you can appreciate the fine tastes and sites of Paris.

You're the perfect person to wander the streets of Paris aimlessly, enjoying architecture and a crepe.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Porque


Entrei nesta coisa de ter um blog porque sim, porque preciso de escrever, porque preciso de deitar cá para fora aquilo que sinto, porque gostava de ter reunidas pelo mundo virtual as coisas que gosto, que me fazem feliz, que têm um significado importante.

Porque gosto de gelados, de viagens e de andar por aí. Porque amo o teatro, a minha familia e os meus amigos. Porque gosto da boa vida, de poesia e de jogar wii, porque escolhi uma carreira técnica como segunda escolha mas sinto-me feliz com o que faço. Porque gosto de animais, do mar e das rugas da minha avó. Porque adoro música e o Verão.

E comecei a escrever por aqui no dia em que voltei a sentir que uma despedida é muito dura….

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"o estranho tremeluzir das estrelas mortas"????

Quando é que estes tipos de Direito deixam de fazer poesia com a Convenção Colectiva e afins?

E estou tão tão tão tão farta da insolvência :S

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Teatro

Da grande paixão desmedida, veio o amor, mais calmo e consciente. Prefiro por agora dizer que está em stand-by (como se um amor pudesse estar em espera....)
Secalhar está mesmo à espera de dias melhores, de noites cheias e de aplausos quentes. Talvez um dia parta, até lá restam-me as saudades da redenção do palco...

Poema do actor

O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor pôe e tira a cabeçade búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retirao adjectivo da coisa, a subtilezada forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus,
e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha. Desvela.
O actor diz uma palavra inaudível.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a dura água do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.Como o corpo do actor.
Porque o talento é transformação.
O actor transforma a própria acçãoda transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se.
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimentode onde brota a pantomina.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.
O actor em estado geral de graça.


Herberto Helder